Estado conta com mais de 57 bancos que recebem doação de leite materno

O Estado conta com mais de 57 bancos de leite para qualquer mulher poder doar. Basta ser saudável e não fazer uso de medicament

qui, 09/08/2018 - 14h36 | Do Portal do Governo

Amamentar é um ato de amor, e doar o leite que sobra é uma forma de compartilhar e multiplicar esse sentimento. O melhor é que essa atitude solidária pode ser mais simples do que se imagina. Toda mulher que alimenta seu filho exclusivamente com leite materno e, mesmo assim, tem sobra, pode ser uma doadora. 9

O Estado de São Paulo conta com mais de 57 bancos de leite. As interessadas em doar devem preencher um cadastro e apresentar exames laboratoriais de sorologia dos últimos seis meses. Normalmente, os bancos de leite oferecem serviços de busca em domicílio e também costumam disponibilizar um kit (com gorro, máscara e frascos de armazenamento) para garantir a qualidade do alimento doado.

O leite materno é fundamental para que crianças prematuras se desenvolvam e ganhem resistência a doenças. O alimento é considerado ideal por ter a qualidade e a concentração adequadas de nutrientes para os recém-nascidos.

“O período de internação de um prematuro é longo para que ele ganhe peso e maturidade pulmonar, e geralmente não há condições dele mamar em suas próprias mães. O Banco de Leite é essencial para essa recuperação e fortalecimento do recém-nascido”, afirma Tereza Maria Isaac Nishimoto, pediatra responsável pelo Banco de Leite do HGA.

Para as mulheres, a doação de leite evita o empedramento das mamas. Normalmente, as mães dos bebês internados não conseguem produzir leite em quantidade suficiente pela falta de estímulo, pois o bebê não tem condições de sugar. E também por fatores emocionais, já que seus filhos estão internados.

“Neste inverno, contamos com a colaboração das mães em fase de amamentação e aptas para doarem leite excedente, pois, apesar do aumento nos índices de coleta e doadoras no último ano, o clima frio e as férias interferem na ida das pacientes aos bancos, o que consequentemente pode diminuir nossos estoques”, afirma a coordenadora do banco de leite da maternidade Leonor Mendes de Barros, quem é uma das principais referências estaduaisAndrea Spínola.

Como funciona a doação

O principal critério para ser doadora é a mãe estar amamentando, saudável, produzindo volume excedente de leite e não utilizar nenhum medicamento que impeça a doação.

“Aqui no banco de leite do Hospital Guilherme Álvaro nós recebemos de 30 até 40 litros de leite por mês. A paciente tem que se dirigir a unidade para fazer o cadastro e retirar o kit. Após isso, a equipe retira o leite na residência da pessoa”,  relata o diretor técnico de Saúde do Hospital Guilherme Álvaro, de Santos, o professor universitário e médico infectologista Ricardo Leite Hayden.

O procedimento é simples: basta comparecer a um banco de leite, onde recebe as orientações necessárias. As interessadas devem preencher um cadastro e apresentar exames laboratoriais de sorologia realizados nos últimos seis meses. Normalmente, os bancos oferecem serviços de busca em domicílio e também disponibilizam um kit (com gorro, máscara e frascos de armazenamento) para garantir a alta qualidade do alimento doado.

“Meu filho recebeu o leite aqui do Hospital Guilherme Álvaro. Aqui é referência para todas as mães que não conseguem amamentar seus filhos, espero que o Hospital continue sempre nos ajudando”, disse Priscila Gomes Ribeiro, paciente do Hospital.

Para as mulheres, a doação de leite evita empedramento das mamas e ajuda na recuperação da forma física. Existem mais de 50 bancos de leite em todo o Estado de São Paulo. A lista completa pode ser consultada no site http://www.redeblh.fiocruz.br.