Vice-governador Alberto Goldman visita obras da ponte Paulicéia-Brasilândia, sobre o rio Paraná, na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul
Com a ponte, a produção do Mato Grosso do Sul escoará com mais facilidade: esta será a primeira via de acesso da região rumo ao estado de São Paulo
Com extensão de 1.700 metros, a ponte vai auxiliar a travessia do rio, hoje realizada apenas por balsas
A fase atual da obra é fruto de convênio entre a Secretaria de Saneamento e Energia de São Paulo e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
‘O fato é que nosso trabalho já está pronto’, disse Goldman após a visita técnica, referindo-se às obras estruturais da ponte, já finalizadas pelo Governo de SP
(atualizado 17h35)
O vice-governador, Alberto Goldman, fez uma visita técnica nesta sexta-feira, 7, na construção da ponte Paulicéia(SP) – Brasilândia(MS). “O fato é que nosso trabalho já está pronto. Estou vendo que a ponte já está terminada e o canteiro de obras está desativado”, disse Goldman após a visita. “Não temos mais o que fazer. Aquilo que o Estado poderia fazer, ele fez e terminou. Agora cabe ao governo federal”, completou o vice-governador.
A fase atual da obra sobre o rio Paraná é fruto de um segundo convênio, assinado em setembro de 2007, entre os governos estadual e federal, por meio da Secretaria de Saneamento e Energia de São Paulo e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A ponte, com uma extensão de 1.700 metros, vai ajudar na travessia do rio, hoje realizada apenas por balsas. Com ela, a produção do Mato Grosso do Sul escoará com mais facilidade: esta será a primeira via de acesso da região rumo ao estado de São Paulo – onde se concentram não apenas portos e centros de distribuição, mas também boa parte de seu mercado consumidor. O trajeto vai beneficiar os motoristas que optarem pela rodovia BR-158, próxima a Paulicéia, e pela BR-163, nos arredores de Campo Grande.
A nova ponte é uma obra compensatória para as cidades afetadas pela formação do reservatório da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera). O acordo foi firmado entre a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e a Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista (AMNAP) em julho de 1998. As obras estruturais da ponte ficaram a cargo da Cesp. A primeira parte, composta pela infraestrutura, ou seja, fundações e blocos, e pela estrutura intermediária, isto é, pilares e vigas travessas, foi finalizada em novembro de 2001, a um custo de R$ 83 milhões, assumido pela própria Cesp. A segunda parte da obra, que contempla a superestrutura da ponte – vigas, lajes, pilares centrais, estais, pavimentação, sinalizações, construção e instalação dos flutuantes para proteção dos pilares do vão de navegação – também está pronta, totalizando R$ 82 milhões, dos quais R$ 16,4 milhões desembolsados pelo governo paulista.
Já a construção dos acessos à ponte, tanto do lado paulista quanto sul-matogrossense, é de responsabilidade do DNIT e prevê uma verba de R$ 28 milhões, sendo que seu início depende da aprovação da revisão orçamentária da União, agora sob sanção do Presidente da República. A entrega formal da ponte pela Secretaria de Saneamento e Energia ao DNIT deve ocorrer nos próximos meses para que o órgão federal também passe a ter responsabilidade pela guarda e fiscalização do patrimônio.
Dados técnicos
Comprimento total: 1.705 m
Comprimento do vão principal (de navegação)*: 200m
Comprimento dos vãos adjacentes (2) ao principal*: 100 m
Comprimento dos demais vãos (29)**: 45 m
Largura da plataforma nos vãos estaiados: 17,30 m
Largura da plataforma nos vãos não estaiados: 15,90 m
* Estrutura estaiada
** Estrutura com vigas protendidas
Da Secretaria de Saneamento e Energia
