A Agência Paulista de Tecnologia de Agronegócios (Apta), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, aplica um projeto de capacitação do agricultor familiar em Ubatuba, no litoral norte do Estado. O objetivo é transmitir conhecimento e técnica ambientalmente corretos, que propiciem geração de renda, maior produtividade, melhor qualidade do produto, inclusão social e outras melhorias nas 200 pequenas propriedades distribuídas pela cidade, sob responsabilidade de famílias de caiçaras e de comunidades quilombolas e indígenas. Enquadram-se no projeto, principalmente, a produção de banana, mandioca, hortaliça e planta ornamental.
A iniciativa tem três fases iniciais: mobilização, seleção de cinco agricultores locais participantes e capacitação. Na primeira etapa, realizada em março, foram realizadas reuniões com agricultores e representantes de sindicatos, associações e prefeitura para apresentar o projeto. O público que se interessou pelo projeto passa agora pelo segundo estágio: entrevista e questionário, em dois encontros neste e no próximo mês, para se chegar aos cinco que seguem para o próximo de capacitação. Nesse estágio, os técnicos vão ministrar nove dias de curso na Apta, durante três meses.
No ano que vem, terá início a parte prática, quando técnicos do projeto vão ensinar aos cinco agricultores manejo e tecnologia agrícola – adubação verde e controle biológico de pragas e doenças em plantas.
A ideia é da pesquisadora da Apta, Sílvia Rocha Moreira, que no ano passado, submeteu o projeto à apreciação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que aprovou e destinou verba de R$ 130 mil.
Em Ubatuba, 81,08% das propriedades rurais têm menos de 50 hectares. A região é tradicional na produção familiar, no entanto se encontra desestimulada pela falta de tecnologia, capacitação e mercado. Como o grande atrativo da cidade é o turismo, constitui-se assim um mercado potencial para produtos agrícolas in natura e oriundos da agroindústria.
Da Agência Imprensa Oficial