Servidores penitenciários do Estado se alongam durante palestra do II Simpósio de Saúde do Servidor do Sistema Penitenciário realizado na capital
Encontro recebeu cerca de 450 pessoas; pelo menos dois funcionários de cada uma das 146 unidades prisionais do Estado de São Paulo participaram
‘Queremos sempre discutir e avaliar as condições de saúde dos servidores’, disse Iracema Costa Jansson, diretora do Núcleo de Saúde do Servidor da SAP
Atualizado em 9 de novembro às 15h40
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) com apoio do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) está ampliando os serviços de saúde para os agentes penitenciários. Recentemente, a SAP criou e colocou em prática, em parceria com o projeto Prevenir do Iamspe, um programa piloto de incentivo às atividades físicas, que oferece aulas de ioga, tai chi chuan e ginástica laboral para reduzir o estresse e melhorar o ambiente de trabalho. O projeto está à disposição dos servidores na Grande São Paulo e em algumas cidades do interior.
Para ampliar o debate sobre o assunto, o Governo de São Paulo, por meio da SAP, realizou o II Simpósio de Saúde do Servidor do Sistema Penitenciário na capital paulista na última quinta-feira, 5. A finalidade do evento foi compartilhar práticas de prevenção de acidentes e incidentes e discutir as condições estressantes a que estão expostos os servidores do sistema penitenciário paulista. Atualmente, a SAP possui 30 mil funcionários no Estado de São Paulo.
Participaram do evento o secretário da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, Lourival Gomes, o secretário adjunto de Gestão Pública, Marcos Antônio Monteiro, o Coordenador de Saúde do Sistema Penitenciário, Paulo César Sampaio, e o Superintendente do Iamspe, Latif Abrão Júnior.
Realizado no Hospital do Servidor Estadual (HSPE) em São Paulo, o encontro recebeu cerca de 450 pessoas, entre servidores, diretores e profissionais da área da saúde do Estado. Pelo menos dois funcionários – sendo um da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) – de cada uma das 146 unidades prisionais do Estado de São Paulo estiveram presentes. Depois, esses servidores que participaram do evento serão responsáveis por transmitir os assuntos discutidos no encontro para os outros funcionários das unidades prisionais.
“Este é o primeiro evento relacionado à saúde que participo. Percebo que os ecncontros estão muito melhores e os profissionais que ministram as palestras estão mais preparados para abordar determinados assuntos. Quanto mais cursos, melhor”, diz o agente penitenciário César Augusto Rubin, do Centro de Detenção Provisória de Serra Azul, cidade próxima a Ribeirão Preto. “Trouxe uma câmera fotográfica para registrar as palestras porque, quando chegar, vou montar uma apresentação para mostrar o que vimos para os outros funcionários”, diz o servidor, que há seis anos exerce a função.
Ao todo, foram realizadas duas palestras – “Valorização do Potencial Humano”, com a psicóloga Claúdia Vieira Carnevalle, e “Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT”, com a médica Miriam Matsura Shirassu -, uma peça teatral e uma exposição sobre as ações desenvolvidas pelo Núcleo de Saúde do Servidor. “Queremos sempre discutir e avaliar as condições de saúde dos servidores. Recebemos relatórios das unidades regionais regularmente, mas só sabemos realmente como eles se sentem quando recebemos os funcionários”, afirmou a diretora do Núcleo de Saúde do Servidor da SAP, Iracema Costa Jansson.
Outra mudança ocorreu no apoio médico especializado. Nos últimos anos, a SAP ampliou a contratação e fechou novas parcerias com psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais em todo o Estado para acompanhar os agentes penitenciários interessados. “A gente mantém um trabalho de prevenção, sobretudo quanto às questões relacionadas ao estresse a que os servidores estão sujeitos. Qualquer boato pode causar uma instabilidade emocional no agente”, explicou a diretora.
Do Portal do Governo do Estado de São Paulo
