Esporte, o papel do atleta-guia

Os olhos de Jerusa Geber. Este tem sido o papel de Guilherme Santana, 32, atleta-guia e também integrante do Time São Paulo, projeto do governo estadual de apoio aos atletas. O esporte sempre teve uma participação protagonista na vida dele, mas foi quando estava cursando educação física na Unicesumar – Centro Universitário Cesumar, e passou a competir representando a universidade que o atletismo ganhou força.

Dessa época para cá, passaram quase 10 anos de história, pautados em superação e, acima de tudo, vitórias. Guilherme, após um convite, se tornou guia da atleta paralímpica Terezinha Guilhermina. Juntos, conquistaram 3 medalhas paralímpicas, 9 mundiais, 7 parapan-americanas, de 20 internacionais e 60 nacionais, aproximadamente.

Hoje, ele faz par com a atleta paralímpica Jerusa Geber. Ambos adotaram uma rotina bastante disciplinada para estar bem até os Jogos Paralímpicos de 2016. “Mais que os treinos, trabalhamos a parte motivacional”, explica. “Conhecimento de treino ela já tem e nesse tempo que estamos trabalhando juntos percebemos uma melhora significativa na marca dela. Para melhorar, é preciso acreditar. Por isso, sei que meu papel não é apenas conduzir o atleta, é também motivá-lo”, afirma.

Guilherme se mudou para Presidente Prudente, no interior de São Paulo, para ficar próximo de Jerusa. “Passamos pelo menos quatro horas do dia no treino.” Fora a questão profissional, ele se sente realizado pessoalmente. “Desde pequeno sempre gostei de ajudar pessoas. Acredito que como atleta-guia tenho um pouco esse papel. A recompensa desse trabalho é a gratidão.”

Curiosidades

– o atleta-guia tem a função de ser os olhos dos competidores cegos ou com baixa visão;
– eles correm ligados por uma cordinha;
– o atleta-guia não pode puxar o competidor deficiente;
– Se acontecer, pode ser desclassificado da competição;
– o atleta-guia passou a subir ao pódio e receber medalhas a partir dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara-2011.

Do Portal do Governo do Estado