Especial do D.O.: Pinacoteca expõe quase um século de produção da história da arte brasileira

Volpi, Anita Malfatti, Brecheret, Portinari e Di Calvacanti são alguns destaques da Coleção Chateaubriand, em cartaz até 13 de agosto

sex, 14/07/2006 - 13h10 | Do Portal do Governo

A marinha Paisagem de Itapoã, pintada por José Pancetti em 1953, foi a primeira tela adquirida pelo colecionador Gilberto Chateaubriand. Uma escultura de Jorge Duarte é a mais recente obra a integrar a sua coleção, que tem quase 7 mil exemplares. Hoje, constitui uma das mais abrangentes coleções, por traçar a história da arte brasileira de meados do século 20 ao início do século 21. Parte desse acervo poderá ser apreciada pelo público até o dia 13 de agosto na Pinacoteca do Estado.

Intitulada Coleção Gilberto Chateaubriand: um Século de Arte Brasileira, a exposição exibe 170 trabalhos, incluindo pinturas, esculturas, fotografias e gravuras. Entre as obras-ícone do panorama histórico da produção artística estão A Japonesa e O Farol, de Anita Malfatti, Urutu, e Estudos para A Negra e para Antropofagia, de Tarsila do Amaral, Mulher, escultura de Victor Brecheret, Paisagem de Brodowski, de Cândido Portinari, Moças com Violões, de Emiliano Di Calvacanti, Vaso de flores, de Alfredo Volpi, O domador, de Alberto da Veiga Guignard, Auto-retrato, de Ismael Nery, Marinheiro e Prostituta, de Lasar Segall, Retrato, de Vicente do Rego Monteiro.

Na produção mais recente, destacam-se Bicho, de Lygia Clark Sem título, de Franz Weissmann, Camisetas, de Leda Catunda, Vitória, de Manabu Mabe, Sem título, de Tomie Ohtake, Two, de Hélio Oiticica, Na escuridão, de Antonio Dias, Napoleon or Lampião, de Vik Muniz, O artista chorando assina, de Wesley Duke Lee Da passagem e do tempo, de Maria Leotina Vai-e-vem diagonal no 2, de Samson Flexor, Seascape, de Janaina Tschäpe, To LC, de Cildo Meirelles.

Moderna e contemporânea – O acervo do maior colecionador privado é abrangente, plural e representativo da arte brasileira moderna e contemporânea. Com curadoria de Fernando Cocchiarale e Franz Manatta, a mostra tem teor panorâmico, incluindo a produção artística das primeiras décadas do século passado até as propostas mais recentes. Sete salas climatizadas abrigam a seleta coleção.

Para se chegar às 170 obras escolhidas dentre as 7 mil possíveis, os curadores “resumiram os últimos cem anos da arte produzida no Brasil, feito pelo filtro da coleção Gilberto Chateaubriand”, como relatam em texto de apresentação da mostra.

Um pouco de tudo – As obras integrantes da coleção abrangem um período histórico mais extenso do que os 52 anos de sua existência, contados a partir de 1954, quando o pintor Pancetti presenteou Gilberto Chateaubriand. “A partir de então, comprar obras de arte tornou-se para mim uma segunda natureza – talvez a primeira. Sempre optei pela arte brasileira; gosto de conhecer o artista, ver seu ateliê, descobrir novos talentos, ser surpreendido”, declara o colecionador.

Claudeci Martins – Da Agência Imprensa Oficial

 

(AM)