Especial do D.O.: Ministério Público lança campanha de comunicação pela ética na política

Filme e spot de rádio começaram a ser veiculados em emissoras de todo o Brasil

seg, 22/01/2007 - 11h31 | Do Portal do Governo

“Agora que os candidatos eleitos tomaram posse, a sua responsabilidade aumentou”, diz a nova campanha de comunicação do Ministério Público do Estado de São Paulo. O objetivo é esclarecer a população sobre o papel da instituição na sociedade.

A mensagem afirma, ainda, que é necessário cobrar dos políticos um comportamento digno: “A sua vigilância é fundamental para evitar o mau uso do mandato para o qual eles foram eleitos pelo seu voto e o de todos os brasileiros. E o Ministério Público está ao seu lado. Juntos, podemos fazer do Brasil um país mais ético”.

O lançamento da campanha reuniu dezenas de representantes do Poder Judiciário e convidados. A mesa solene da cerimônia foi composta pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Celso Limongi; o secretário do Conselho Superior do Ministério Público, José Benedito Tarifa; o diretor da Escola Superior do Ministério Público, Nelson Gonzaga de Oliveira; o presidente da Associação Paulista do Ministério Público, Washington Epaminondas Medeiros Barra; o presidente da Associação Paulista da Magistratura, desembargador Sebastião Amorim; o deputado estadual eleito e promotor de Justiça Fernando Capez; a defensora pública Renata Flores Tibiriçá (representando a defensora-pública geral, Cristina Guelfi); o presidente da Comissão de Direito Político e Eleitoral da OAB-SP, Everson Tobaruela, e o delegado-chefe de Assistência da Polícia Civil, Marco Antônio Ribeiro de Campos (representando o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Jordão Toledo Leme).

“Em nossa primeira campanha, veiculada em 2004, abordamos a importância da manutenção do poder de investigação do Ministério Público. Em 2005, comemoramos os 20 anos da Lei da Ação Civil Pública, principal instrumento jurídico na defesa dos interesses difusos e coletivos. Agora, queremos mostrar à população que o Ministério Público é seu aliado também na cobrança de atitude ética entre os políticos recém-eleitos”, afirmou o coordenador da Assessoria Especial de Comunicação e Relações Institucionais do Ministério Público, Roberto Livianu.

Veiculação nacional

No filme que será exibido na televisão e em salas de cinema, concebido pela agência Futura, imagens de manchetes de jornais de todo o Brasil são sobrepostas, noticiando desmandos públicos e falta de ética de políticos. “A intenção é mostrar de maneira clara e objetiva que a responsabilidade do eleitor vai além do voto. Fiscalizar o trabalho dos políticos que ele ajudou a eleger é fundamental. E o Ministério Público está ao seu lado nessa tarefa”, explica Nicolla Ragio, diretor de criação da Futura. Augusto Diegues, diretor da Futura, diz que, inicialmente, a campanha seria veiculada antes das eleições, para conscientizar os brasileiros sobre a importância do voto. Depois de reuniões entre a equipe do Ministério Público e a agência de propaganda, decidiu-se destacar a importância da atuação da instituição no momento seguinte, no acompanhamento dos resultados das eleições e no exercício do mandato dos políticos eleitos.

A agência realizou a campanha de forma gratuita e voluntária. “Para a Futura, o mais importante é poder estar ao lado do Ministério Público nesse trabalho de aproximação com a sociedade”, afirmou Diegues.

A produção do filme ficou por conta da O2, de Fernando Meirelles, publicitário e diretor que concorreu ao Oscar com o filme Cidade de Deus e, mais recentemente, com O Jardineiro Fiel. Apesar de ser de competência estadual, a publicidade será veiculada em todo o País. Em cada Estado onde a campanha for exibida, o Ministério Público local poderá, se quiser, colocar suas siglas e contatos no lugar do Ministério Público paulista.

Além do filme, um spot de rádio de 30 segundos será veiculado pelas principais emissoras de rádio do País com o mesmo texto. “Acreditamos que a comunicação com o público fortalece a instituição e legitima os princípios democráticos”, afirma Rodrigo Pinho, procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo.

Regina Amábile – Da Agência Imprensa Oficial

 

(AM)