O número de crimes violentos como homicídios e latrocínios (roubo com a morte da vítima) diminuiu em 2006. De acordo com os últimos dados da Secretaria da Segurança, a redução de crimes violentos é de 7,3% em todo o Estado, e de 9,9% na capital. A queda é registrada pelo 12o trimestre consecutivo e fechou o ano passado consolidando a tendência de diminuição da criminalidade.
Esse é o resultado de um trabalho de planejamento policial aliado a iniciativas da sociedade. O uso do Infocrim (sistema eletrônico de informação criminal) tem ajudado a secretaria a mapear com clareza os locais e os horários de maior incidência criminal. Com isso, pôde-se intensificar a ação policial nas áreas onde ocorrem as ações dos criminosos.
Alguns dos indicadores da atividade policial que apresentaram redução no trimestre estão relacionados às ocorrências de homicídio. A queda no número de exames e laudos necroscópicos e no volume de armas apreendidas explica-se pela diminuição dos homicídios dolosos, roubos e latrocínios. A apreensão de armas de fogo continua com a tendência de queda iniciada em 2001, mas acentuou-se após o Estatuto do Desarmamento.
Homicídios e latrocínios
Pelo 22o período consecutivo, o quarto trimestre de 2006 apresentou queda de 16,3% no número de homicídios no Estado, em comparação com o mesmo período do ano anterior, com redução de 277 casos em apenas um trimestre. Foram 1.111 homicídios menos que no ano de 2005. A análise da série histórica dos quatro trimestres mostrou diminuição de 1.868 casos.
A maior redução foi registrada na capital, de 24,4%. As regiões de Ribeirão Preto, Piracicaba e Sorocaba também apresentaram recuo nesses tipos de crime, de 22%, 18% e 16%, respectivamente. Na comparação com os quatro trimestres, a capital registrou queda de 69,2%, a maior redução desde 1999.
O número de latrocínios vem caindo desde 2004, quando a redução foi de 15,3%. Em 2005 e 2006, as quedas registradas foram 20,3% e 11,5%, respectivamente. A série histórica de 1999 a 2006 apresentou recuo de 51,6%, 346. Os últimos trimestres vêm registrando os menores números da série histórica.
Seqüestros e estupros
No quarto trimestre de 2006, o número de seqüestros tradicionais continua a trajetória de queda. Na comparação anual (2005/2006) a redução foi de 7,5%. Os estupros, que permaneciam com a média de 900 casos por trimestre no Estado, vem diminuindo consecutivamente. O último trimestre teve queda de 8,7% ante o ano anterior, com 214 casos menos. A redução, em comparação a 2005, foi de 12,2%.
Retrocesso
O índice de roubos em geral e de veículos retrocedeu aos mesmos níveis de 1999 e 1997, respectivamente, no Estado. Desde 2003, o Estado vem recuando. Capital e Grande São Paulo também apresentaram diminuição nesses tipos de ação criminosa. As maiores reduções ocorreram nas regiões de Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Sorocaba.
No caso de roubo de veículos, a diminuição no Estado foi de 13,49%. São José dos Campos registrou queda de 17,3%. Ribeirão Preto (-16,8%), Campinas (-14,9%) e capital (-14,3%) Queda em quase todas as regiões do Estado. Apenas duas regiões apresentaram aumento nesse indicador: São José do Rio Preto, com mais oito casos, e Presidente Prudente, com mais um caso.
Furtos
Com a facilidade da Delegacia Eletrônica, houve aumento da notificação de furtos no Estado, em especial nos de documentos e celulares, antes subnotificados. Apesar do aumento de registros dos boletins de ocorrência, os furtos estão estáveis desde 2003, interrompendo a tendência de crescimento que vinha desde 1995.
Os furtos de veículos caíram quando comparados ao mesmo trimestre de 2005. Esse indicador também apresenta recuo de 0,99% no Estado. A maior diminuição porcentual foi na região de Bauru (-43,7%). Campinas e Sorocaba apresentaram diminuição de 12,65% e 10,8%, respectivamente. As regiões de São José do Rio Preto, Santos e Capital, ao contrário das outras regiões, apresentaram aumento de 29,3%, 8,01% e 4,03%, respectivamente.
Tráfico de drogas
O crescimento desse tipo de ocorrência indica aumento da atividade policial. O números atuais são significativamente maiores do que os registrados em 1995, início da série histórica. Em volume de drogas apreendidas, comparando com o mesmo trimestre de 2001, o montante quase que triplicou, aumentando de 6,1 toneladas para 15,5 toneladas, aumento superior a 150%. Em comparação ao quarto trimestre de 2001, as apreensões de maconha aumentaram 125% (de 5,7 t para 12,5 t) e as de cocaína em 716% (de 0,310 t para 2,53 t).
O resultado demonstra constante trabalho de repressão ao crime organizado e também ao varejo urbano (com policiamento ostensivo, operações de saturação, investigação local e o aumento da fiscalização nas rodovias).
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança
(AM)
