Falta de experiência é um dos principais obstáculos para o jovem que quer ingressar no mercado de trabalho
Ajudar mais jovens a conseguir o primeiro emprego é um dos principais empenhos do Governo de São Paulo. Para isso, várias Secretarias possuem programas que procuram apoiar o jovem recém-chegado ao mercado de trabalho e também àquele que ainda está se preparando para isso.
A falta de experiência é, normalmente, um dos entraves para quem procura uma primeira colocação no mercado. Por isso, ter pelo menos um estágio no currículo é interessante e importante. O programa Aluno Aprendiz, da Secretaria dos Transportes Metropolitanos – numa parceria entra a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o SENAI – forma profissionais tecnicamente capacitados para requererem o registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-SP) e trabalharem em mais de 60 empresas fornecedoras de componentes para o setor metro-ferroviário e operadoras de carga e transporte de passageiros.
Os jovens, entre 14 e 22 anos, que fazem parte do programa podem participar dos cursos de Aprendizagem Industrial – nas áreas de Mecânico de Manutenção e Eletricista de Manutenção – e Técnico em Sistemas Mecânicos de Transporte sobre Trilhos, Técnico em Sistemas Eletroeletrônicos de Transporte sobre Trilhos e Técnico em Transporte sobre Trilhos. Desde 2004, a CPTM efetivou 124 ex-alunos do programa.
Entre os recursos oferecidos aos aprendizes, sem qualquer custo aos participantes, estão laboratórios específicos dos sistemas ferroviários, biblioteca e material didático. Os alunos também recebem o benefício de um contrato de trabalho e aprendizagem com a empresa, um salário mínimo durante o primeiro ano e um salário mínimo e meio no ano seguinte, além de auxílio transporte, vale refeição, cesta básica e convênio médico-odontológico.
A Sabesp também tem um programa formador de aprendizes. O curso de Aprendizagem Industrial para Formação de Agente Administrativo Sabesp – SENAI abriu recentemente 522 vagas, que serão preenchidas após o resultado do concurso que será feito no dia 2 de maio.
O aprendiz receberá formação no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e na Sabesp com as práticas profissionais que ocorrerão em suas unidades. A meta é complementar o processo de aprendizagem em atividades administrativas ou técnicas.
A jornada de trabalho será de 40 horas semanais, sendo 32 horas práticas e oito horas teóricas, das 8 às 17 horas. Os aprendizes terão salário de R$ 510,00, e os benefícios de assistência médica; vale refeição; vale transporte, seguro contra acidentes pessoais e férias conforme calendário letivo.
Jovem Cidadão – Meu Primeiro Trabalho
A Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert) é o órgão responsável pelo programa Jovem Cidadão – Meu Primeiro Trabalho. Desde o início de suas operações, em 2000, o programa já deu oportunidades a quase 115 mil jovens, e colocou no mercado de trabalho outros 5.604. O Jovem Cidadão teve investimento de quase R$ 7,75 milhões em 2009.
O programa propõe parcerias com empresas da iniciativa privada, pública ou entidades sem fins lucrativos e oferece a estudantes da rede pública estadual de ensino a oportunidade de inserção no mercado de trabalho por meio de um estágio remunerado. O valor mínimo de bolsa auxílio paga pelas empresas é de R$ 1,89 por hora trabalhada, mais vale transporte.
O programa paga um complemento da bolsa auxílio no valor de R$ 65,00 ao mês, mais seguro de vida e seguro contra acidentes pessoais. Em muitas da empresas parceiras, os jovens também têm direito a outros benefícios.
Pode participar do Jovem Cidadão quem tem entre 16 e 21 anos e esteja matriculado na rede pública estadual – no 2º ou 3º ano do Ensino Médio, com freqüência efetiva e que resida na região Metropolitana de São Paulo. Os estudantes podem se inscrever no site do programa www.meuprimeirotrabalho.sp.gov.br
Jovens Acolhedores
Na área da Saúde, o programa Jovens Acolhedores coloca universitários em contato com o futuro ambiente de trabalho e ainda oferece uma bolsa de estudos aos participantes durante um ano – o Governo paga 80% da mensalidade, limitada a R$ 350, e as faculdades arcam com o restante do valor.
Após se cadastrar no site www.saude.sp.gov.br, o universitário participa de um sorteio. Os selecionados têm a missão de orientar e acolher pacientes e familiares que procurem atendimento em 65 unidades estaduais de saúde, entre hospitais, farmácias e ambulatórios do Estado. A lista de universidades que participam do programa pode ser conferida aqui. O Jovem Acolhedor precisa ter disponibilidade de 20 horas semanais para se dedicar ao projeto.
Acessa Escola
Dentro do programa Acessa Escola, a Secretaria da Educação contrata monitores para auxiliar os usuários das salas do programa. Eles são contratados como estagiários e precisam estar cursando o Ensino Médio. Todos passam por um treinamento, com capacitação presencial e com formação online complementar.
A função dos monitores do Acessa Escola é oferecer assistência aos colegas, agendar atividades e controlar o acesso de pessoas aos laboratórios. Até o final de 2009, cerca de 6,2 mil estagiárias foram capacitados e a meta para 2010 é que mais 3 mil novos sejam contratados.
Fatecs e Etecs
Além disso, outra maneira de aproximar os jovens do mercado de trabalho, com formação de qualidade e experiência é por meio de cursos nas Escolas Técnicas e nas Faculdades de Tecnologia do Estado. Com grandes investimentos em modernos laboratórios, o Governo coloca no mercado profissionais preparados para as funções que exercem.
De acordo com o último levantamento da Área de Avaliação Institucional (AAI) do Centro Paula Souza – divulgado em dezembro de 2009 – 73,7% dos técnicos formados pelas Etecs conseguem emprego um ano após a conclusão do curso. As estatísticas mostram, ainda, que 87,7% têm vinculo formal de trabalho e ganham, em média, 2,2 salários mínimos – o que representou um aumento de 22,2% em relação ao balanço do período anterior.
No caso das Fatecs, o levantamento da AAI do Centro Paula Souza afirma que 93% dos alunos formados conseguem emprego um ano após a conclusão do curso, 85,6% têm vinculo formal de trabalho e ganham, inicialmente, quatro salários mínimos mensais, passando a receber em média, após um ano, 5,5 salários mínimos. O setor de saúde, segundo o estudo, é o que mais emprega (96,2%), seguido por tecnologia da informação (94,4%), infraestrutura (93,6%), gestão e negócios (92,1%), processos industriais (91,5%) e produção industrial (79%). As empresas que mais contratam são as grandes corporações, com 40% da força de trabalho, seguidas pelas médias empresas (19,5%) e pelo serviço público (18,9%).
Do Portal do Governo do Estado com informações das Secretarias da Educação, do Emprego e Relações do Trabalho, da Saúde e da CPTM
