Especial 40 anos do Centro Paula Souza: Conheça a linha do tempo da instituição

Da Fatec Sorocaba a 166 Etecs e 47 Fatecs; saiba um pouco mais da história do Centro Paula Souza

seg, 21/09/2009 - 9h36 | Do Portal do Governo

Em 1969, nascia o Centro Paula Souza, hoje vinculado à Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. O cenário não poderia ser mais apropriado para uma instituição ligada à tecnologia – o ano em que o homem chegava à Lua.

A instituição recebeu a denominação de Centro Paula Souza em 10 de abril de 1971 em homenagem ao engenheiro, político e professor Antônio Francisco de Paula Souza, fundador da Escola Politécnica de São Paulo (Poli), hoje integrada à Universidade de São Paulo. Formado em Engenharia na Alemanha e na Suíça, esteve ligado à Poli por 25 anos.

Seu desejo era introduzir no Brasil um ensino técnico voltado para a formação de profissionais preocupados com o trabalho e não apenas com discussões acadêmicas, inspirado no modelo europeu. Criou um conceito novo de ensino, convidou especialistas europeus e americanos para lecionar na Poli, à frente da qual esteve como primeiro diretor, de novembro de 1894 a abril de 1917, quando faleceu, em São Paulo.

1970 – As primeiras Fatecs

Ao implantar a Fatec Sorocaba em 1970, o Centro Paula Souza deu início à formação da primeira turma de tecnólogos. O prédio cedido pela Prefeitura, que originalmente abrigava um hospital, hoje integra um complexo de oito blocos onde estão matriculados cerca de 1.700 alunos.

Três anos mais tarde, a capital ganhava a Fatec São Paulo, que iniciou suas atividades no antigo prédio da Escola Politécnica da USP, onde permanece até hoje. Com a ampliação dos cursos – hoje são 12 -, ganhou um novo bloco na Avenida Tiradentes.

1980 – Nasce o Ensino Técnico

O Ensino Técnico no Centro Paula Souza começou em 1980. Neste ano, foram transferidas para a instituição as primeiras escolas que integravam um convênio firmado entre os governos federal, estadual e municipal.

Assim, o Paula Souza passou, também, a formar técnicos. Hoje, as seis unidades – as atuais Etecs Conselheiro Antonio Prado (Campinas); Vasco Antonio Venchiarutti (Jundiaí); João Baptista de Lima Figueiredo (Mococa); Lauro Gomes (São Bernardo do Campo); Jorge Street (São Caetano do Sul); e Polivalente de Americana – atendem a mais de 11 mil alunos.

Anos 80 – Era da Informática

Na década de 80, época em que era crescente a demanda por profissionais qualificados na área de computação e informática, foram implantadas as Fatecs Baixada Santista e Americana.

As duas unidades iniciaram suas atividades com o curso superior de Processamento de Dados, hoje denominado Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Em Americana, importante pólo industrial, a Fatec também criou, à mesma época, o curso para formar o tecnólogo têxtil.

Ao longo dos anos, as duas faculdades ampliaram suas opções para oferecer mais vagas no ensino público superior.

1982 – Uma experiência que deu certo

Mais seis escolas técnicas se integravam ao Centro Paula Souza em 1982: as Etecs Camargo Aranha e Getúlio Vargas, na Capital; Fernando Prestes e Rubens de Faria e Souza, em Sorocaba; Júlio de Mesquita, em Santo André; e Presidente Vargas, em Mogi das Cruzes.

Estas unidades também trouxeram ao mercado cursos em sintonia com a modernização dos setores produtivos, como o de Mecatrônica, ministrado em quatro destas Etecs, para atender a área industrial. Era uma prova da eficiência da instituição para promover também o Ensino Técnico, além do Tecnológico, razão inicial de sua criação.

Década de 90 – Cursos Pioneiros

De 1990 a 1997, mais seis municípios paulistas ganharam Fatecs, seguindo as tendências da economia regional. Jaú, Taquaritinga, Guaratinguetá, Indaiatuba, Botucatu e Ourinhos passaram a fazer parte da rede.

Os dois cursos tecnológicos na área de Navegação Fluvial, oferecidos pela Fatec Jahu, são pioneiros na América Latina, e se inserem no grande desafio de promover o desenvolvimento das hidrovias e do transporte multimodal no Brasil.

1988 – A criação das primeiras escolas técnicas

No ano de 1988, o Estado criava as duas primeiras Etecs para o Paula Souza – Etesp (Etec São Paulo) e Etec de Taquaritinga. Hoje, os técnicos formados possuem ótima inserção no mercado: 77% deles estão empregados após um ano de formatura.

2002 a 2006 – A força das parcerias para o desenvolvimento

Para atender às necessidades do setor produtivo em cada região, as parcerias com prefeituras e empresas são fundamentais na hora da definição dos cursos e da ampliação de vagas no ensino superior público em todo o Estado. Em quatro anos, de 2002 a 2006, o número de Fatecs passou de 10 para 26. A capital ganhou duas unidades, uma na zona leste e outra na zona sul. As demais foram implantadas nos municípios de Carapicuíba, Cruzeiro, Garça, Itapetininga, Jundiaí, Marília, Mauá, Mococa, Pindamonhangaba, Praia Grande, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Tatuí.

1994 a 2006 – Ampliação do Ensino Técnico

Além da criação da Etec Adolpho Berezin, de Mongaguá, mais 85 escolas técnicas são integradas ao Centro Paula Souza, entre 1994 e 2004. Entre elas, 35 da área agropecuária, como a Etec de Cabrália Paulista.

Entre 2002 e 2006, foram implantadas mais 26 unidades em diversos municípios: Atibaia, Avaré, Bauru, Bebedouro, Birigui, Capão Bonito, Carapicuíba, Fernandópolis, Franco da Rocha, Guarujá, Hortolândia, Lins, Mauá, Osasco, Pirassununga, Praia Grande, Ribeirão Pires, Santa Bárbara d’Oeste, São José do Rio Pardo, São Paulo (3), São Roque, Taquarituba, Taubaté e Tupã.

2007 – A expansão das Fatecs

A Fatec São Caetano do Sul nasceu para atender à vocação socioeconômica do município, voltada para os setores industrial e comercial. A unidade, localizada no Grande ABC, oferece os cursos de Análise de Sistemas e Tecnologia da Informação e Secretariado. A unidade foi a primeira instituição pública de Ensino Superior da cidade.  No mesmo ano, também foram implantadas as Fatecs de Guarulhos, Itaquaquecetuba, Jales, Mogi Mirim, Presidente Prudente e Santo André, que integram o plano de expansão do Ensino Tecnológico, cuja meta é chegar a 52 Fatecs até 2010.

2007 – Liberdade para a educação

O Estado deu vida nova ao Complexo Penitenciário Carandiru, na capital, com a implantação da Etec Parque da Juventude, em 2007. No mesmo ano, oito municípios ganharam Etecs: Araçatuba, Diadema, Ferraz de Vasconcelos, Ibitinga, Itanhaém, Palmital, Piraju e Teodoro Sampaio, além de São Paulo (Etecs Maria Augusta, Itaquera e Sapopemba). Ainda em 2007, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o governo estadual criou, por meio do Paula Souza, o Telecurso TEC, para formação técnica a distância. Em 2008, o programa foi ampliado para atender alunos da Secretaria Estadual da Educação e do Estado de Goiás.

2008 – Estado ganha mais 14 Fatecs

O plano de expansão deu um grande salto no número de Fatecs, no ano de 2008. Foram implantadas mais 12 unidades: Araçatuba, Bauru, Bragança Paulista, Capão Bonito, Catanduva, Franca, Itu, Jaboticabal, Lins, Mogi das Cruzes, Piracicaba e Sertãozinho. Juntas, essas faculdades criaram mais 1.400 vagas no Ensino Tecnológico. Outras duas Fatecs – a de São Sebastião e a do Ipiranga (Capital) começam a funcionar em 2009.

O prédio da unidade de Catanduva passará por reformas e adequações para possibilitar melhores condições de acesso a portadores de necessidades especiais.

2008 e 2009 – O plano de expansão das Etecs

A meta do Estado é ampliar em 100 mil as matrículas no Ensino Técnico até 2012. Em 2008, além da capital (Etecs de Artes, de Arthur Alvim e de Vila Formosa), dez municípios receberam Etecs: Cajamar, Cubatão, Piracicaba, Santana do Parnaíba, São José dos Campos, São Sebastião, São Vicente, Suzano, Vargem Grande do Sul e Votorantim.

Em 2009, entraram começaram suas atividades no primeiro semestre – Campo Limpo Paulista, Capivari, Monte Mor, Nova Odessa, Peruíbe, Piedade, Porto Ferreira, Registro e Capital (Cidade Tiradentes e Santo Amaro).

Do Portal do Governo do Estado de São Paulo