A secretária da Educação do Estado de São Paulo, professora Rose Neubauer, anunciou nesta terça-feira, durante entrevista coletiva na X Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a criação de um programa para a aquisição de aproximadamente 4 milhões de livros paradidáticos para as 3 mil escolas da rede pública de ensino.
Neste primeiro ano, a Secretaria vai investir R$ 20 milhões no programa. A quantidade de livros para cada escola vai depender de seu número de alunos, mas a secretária estima que, em média, cada unidade deverá receber cerca de 1.300 livros. Os títulos serão escolhidos pelos próprios professores no site da Secretaria da Educação(www.educacao.sp.gov.br) a partir da próxima terça-feira (29).
Os professores da rede estadual terão 15 dias para pesquisar o acervo de livros e requisitá-los para que a Secretaria negocie sua compra com as editoras. As escolas deverão receber seus pedidos no começo de agosto.
O Estado de São Paulo tem cerca de 2 milhões de estudantes matriculados ensino médio. Apenas nos últimos cinco anos, o número de estudantes do ensino médio aumentou em 800 mil alunos, o que equivale, segundo a professora Neubauer, ao total de estudantes de toda a rede pública estadual de Minas Gerais.
Inédito no País, o programa é financiado pelo Governo Federal com empréstimo a fundo perdido do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), com contrapartida de 60% do governo do Estado.
‘Nosso objetivo é investir na formação integral do aluno, dando prioridade e leitura e capacidade de raciocinar’, explicou a secretária Rose Neubauer, em reunião com representantes da Câmara Brasileira do Livro, do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), da Associação Brasileira de Editores de Livros Didáticos, realizada durante a X Bienal.
‘Quem tem o hábito da leitura tem maior facilidade para aprender outras disciplinas, inclusive matemática’, completou a Secretária. Ela afirmou que, além de aumentar a quantidade de títulos e de livros nas escolas de ensino médio, a Secretaria pretende incentivar a leitura, diversificando o conteúdo das bibliotecas.
Para o presidente da CBL, Raul Wasserman, ‘a visão de diversificação dos conteúdos dos livros para as escolas representa um avanço, dentro do conceito de que não basta empacotar o ensino. Tem que haver transmissão da cultura diversificada para os estudantes se formarem como cidadãos’. Paulo Rocco, presidente do Snel também elogiou a iniciativa da Secretaria de Educação e disse que o programa terá todo o apoio de sua entidade.
