Uma ação educativa realizada na Escola Estadual Paulino Nunes Esposo, em Parelheiros, na cidade de São Paulo, tornou-se um exemplo de projeto pedagógico que une educação a civilidade, com respeito ao meio ambiente e exemplos de boas práticas pela sustentabilidade.
O projeto Educando para a Sustentabilidade na bacia do Guarapiranga, criado em 2006 e coordenado pela professora Edilene Luchesi da Costa, tornou-se um modelo de inclusão de alunos e já gerou resultados importantes, dentro e fora do ambiente escolar: foi premiado em 2008 como Melhor Ação Educativa no prêmio Minha Comunidade Sustentável e melhorou a disciplina e o desenvolvimento pedagógico dos alunos, entre outros itens.
“Do início do projeto até hoje, a escola apresentou melhora nos índices do Idesp, diminuição de casos de depredação e de destruição de patrimônio. Finalmente os alunos se sentem parte de algo importante e isso traz resultados muito positivos”, diz a coordenadora.
Edilene também explica que o projeto conta com três ações diferentes: uma horta orgânica, um pomar nativo e um viveiro de mudas. Todos são mantidos pelos alunos sob orientação dos professores e, semanalmente, as turmas se dividem em turnos para realizar atividades práticas. Atualmente, 80% dos alunos do Ensino Fundamental participam das atividades externas, ou seja: há entre 800 e 900 alunos trabalhando na horta e cuidando da plantação, manutenção e colheita. Por semestre, a produção da horta, acolhida pela própria cantina da escola, ajuda a servir mais de quatro mil refeições.
Já o pomar e o viveiro de mudas são mais voltados à preservação ambiental: todas as sementes plantadas são nativas e os espaços atraem animais da mata atlântica. Quem cuida deste trabalho, concentrado na parte científica – incluindo pesquisa de sementes, produção de mudas, testes em laboratório e estudos científicos – são os alunos do Ensino Médio, também contando com a orientação de professores.
O projeto pedagógico da escola é todo voltado à educação ambiental e abrange várias disciplinas. Como as ações já são auto-sustentáveis e a manutenção é constante, o Educando para a Sustentabilidade na bacia do Guarapiranga funciona durante o ano inteiro, aproximando mais as crianças, conforme explica a coordenadora: “Alunos de todas as séries e idades já passaram e outros ainda terão acesso a esse trabalho. Para nós, esse tipo de envolvimento e inclusão é muito importante”, afirma Edilene.
Da Secretaria da Educação
