Pergunta – O Estado vai recorrer sobre a nova legislação de radares?
Covas – O Estado fez o que devia fazer. O governador vetou o projeto. A Assembléia aprovou. Agora, o problema é saber se o setor de contencioso acha que isso é inconstitucional ou não. Se não for, não tem remédio. Se for inconstitucional a gente pode pensar em fazê-lo. Eu acho, realmente, que aquelas exigências que foram feitas na lei são difíceis de serem cumpridas. Portanto, você de um lado acusa de acabar com a indústria de multas e de outro lado acusa de acabar com a indústria de andar de pressa, de passar sinal luminoso, enfim, o papel de quem fiscaliza é o de multar se for necessário.
Pergunta – Governador, mais uma vez problemas na Febem, rebelião, fuga de menores bem no momento em que a comissão da Assembléia Legislativa saía de lá?
Covas – Coincidência, né? Eles tinham acabado de sair de lá, né?
Pergunta – O senhor acha que tem alguma relação?
Covas – Eu não acho nada. Nem estou procurando quanto mais achando.
Pergunta – O senhor acha que esse tipo de coisa…
Covas – Eu acho uma coincidência. É a segunda vez que acontece essa coincidência. Lá em Santo André também aconteceu uma coincidência desse tipo. Aliás, a senhora que estava junto com o deputado assinou a ordem para o menino ir para o pronto socorro e ele foi e fugiu.
Pergunta – Diante disso que o senhor está colocando, o que deveria ser feito? Evitar essas visitas?
Covas – Eu não sei se tenho possibilidade de algumas figuras… Eu acho que num lugar onde você tem sistema de privação de liberdade não é um lugar franco, embora a um deputado, ou a alguém do Ministério Público não se negue o acesso nunca. Eu só acho que alguém da Febem deveria estar junto. Mas não se pode negar o acesso. Aliás, se não fosse caracterizado por lei, eu não negaria o acesso.
Pergunta – Mas, se tiver que negar de quem deveria ser negado?
Covas – Se tiver que negar, eu não vou negar.
