Entrevista coletiva do governador Mário Covas após a posse do novo Conselho Estadual do Idoso

Parte II

ter, 15/02/2000 - 12h14 | Do Portal do Governo

Parte II

PSDB

Pergunta – O senhor é cotado para presidir o Partido…

Covas – Nós temos um presidente…

Pergunta – Vai até maio…

Covas – Você está perguntando isso com base numa declaração do José Aníbal. Eu não tenho nada a ver com a declaração dele. Aquilo é opinião exclusivamente dele, não é nem do Secretário do Governo de São Paulo. É opinião dele, opinião que tem o direito de ter como liderança do Partido, mas nem reflete minha opinião.

Pergunta – O presidente do partido deve continuar por mais um ano?

Covas – Não sei, isso é uma decisão coletiva, isso não é fundamental nesse instante. Se mudar, muda. É que num instante como esse, de eleição municipal, é difícil você encontrar alguém para começar agora a presidência.

GERALDO ALCKMIN

Pergunta – O senhor acha que a candidatura Alckmin ainda vai decolar?

Covas – Vai seguir uma trajetória igual à minha. Lembram quando a gente falava sobre minha candidatura 10 meses antes da eleição? Muita gente duvidava…

Pergunta – O presidente Fernando Henrique deixa entender que há vários nomes no PSDB, cita seu nome, mas dá a entender que o senhor não seria o candidato ideal…

Covas – Eu também acho que não sou.

Pergunta – Por que, governador?

Covas – Porque não sou candidato.

Pergunta – O fato do presidente achar isso…

Covas – O que você quer, me encrencar com o presidente? O que é isso: o presidente deixa entender…?

Pergunta – (inaudível)

Covas – Está bom, então estou de acordo com ele.

GUERRA FISCAL

Pergunta – Quando começam a valer as medidas adotadas pelo governo contra a guerra fiscal?

Covas – Quando for necessário. Aliás já começaram. A gente só anuncia essas coisas quando tem que anunciar. Se não, a gente tem que escrever na testa: espião.

Pergunta – (inaudível)

Covas – Não, a gente não age contra os Estados, age contra empresas que recebem benefícios de um determinado Estado. Não tenho como punir os Estados, eu tenho como punir as empresas.

Pergunta – O senhor acha complicado manter essa aliança PFL-PSDB?

Covas – Se o PFL tiver candidato, se o PMDB tiver candidato e o PSDB tiver candidato, não vai ter aliança.

Pergunta – O senhor é favorável a costurar uma aliança com o PSDB…?

Covas – Sou favorável ao PSDB ter candidato único… (inaudivel)

SERRA E PAULO RENATO

Pergunta – O senhor não acha que o ministro José Serra está pelo menos articulando alguma candidatura e saiu na frente nesse processo?

Covas – Eu não sei. O José Serra está fazendo suas obrigações e no meu entender está fazendo bem essas obrigações. A área da saúde é uma área que tem funcionado bem, os abusos estão sendo enfrentados com muito sucesso. Eu acredito em eleição quando as coisas acontecem naturalmente.

Pergunta – E o ministro Paulo Renato?

Covas – O Paulo Renato está fazendo uma grande administração, até menos conflitante do que a do Serra, porque Serra investe contra interesses mais fortes.

Pergunta – Talvez isso desenhasse uma candidatura… (inaudível)

Covas – É cedo para a gente estar dizendo isso. Isso é um processo

Pergunta – O presidente Fernando Henrique concordou com o senhor, dizendo que não acredita que nome do ministro Pedro Malan seja um bom candidato.

Covas – Ele também não? Então concordou comigo?

Pergunta – Até que enfim, governador?

Covas – Até que enfim não, eu concordei com todas as outras coisas que você perguntou…

RODOANEL/VISITA DE FHC

Pergunta – O presidente vai estar aqui no sábado, não é?

Covas – Ele vem fazer uma visita ao Rodoanel.

Pergunta – O prefeito Pitta vai ser convidado para a obra?

Covas – Não sei. Ele era sócio da obra, mas não paga a parte dele, acho que desistiu de ser sócio.

Pergunta – Então não deve ser convidado?

Covas – Não vai ter convite pra ninguém…

Pergunta – O senhor vai sobrevoar a obra com o presidente?

Covas – Vamos sobrevoar e descer em algum trecho.