Entregues os prêmios aos Destaques em Transplantes em SP

Oito instituições campeãs em cirurgias e duas na captação de doadores foram homenageadas

ter, 17/02/2009 - 13h21 | Do Portal do Governo

O governador José Serra compareceu, nesta terça-feira, 17, à cerimônia de premiação de oito hospitais paulistas responsáveis por 45% dos transplantes de órgãos e tecidos no Estado de São Paulo em 2008. Outras duas instituições foram homenageadas por terem se destacado na captação de potenciais doadores. A cerimônia aconteceu no auditório “José Ademar Dias” da Secretaria da Saúde, na Av. Doutor Arnaldo, 351, em Cerqueira César, zona oeste de São Paulo.

Em seu discurso, o governador lembrou o quanto o Estado avançou nesta área. “No ano passado o número de transplantes em São Paulo aumentou quase 27%. Foi quase um por hora ao longo do ano. Ou seja, foram 21 por dia. Este é o nosso recorde.”

O governador comentou ainda que São Paulo tem pouco mais de um quinto da população brasileira, mas tem realizado mais de 50% dos transplantes. “Por isso nós demos hoje um prêmio, que funciona como incentivo para estas instituições”, finalizou.

Estiveram presentes na cerimônia três dos pacientes que receberam órgãos e tecidos da adolescente Eloá Pimentel, assassinada no ano passado em Santo André, no Grande ABC. Maria Augusta dos Anjos (coração), Emerson Gentil Dardes (pâncreas e rim) e Livia Amodio Novais (córnea) entregaram prêmios às equipes vencedoras do Prêmio Destaque em Transplantes, uma espécie de “Oscar” do setor.

O evento teve por objetivo incentivar o trabalho dos profissionais de saúde para ampliar ainda mais o número de doadores e cirurgias nos próximos anos.

Dos dez prêmios, três ficaram com o Hospital das Clínicas de São Paulo, líder em transplantes de pulmão e coração, ambos realizados no Instituto do Coração (Incor), e vice-líder em transplantes de fígado, atrás apenas do Hospital Albert Einstein. Em 2008, o HC fez 23 cirurgias de pulmão, 34 de coração e 91 de fígado. O Einstein, que realizou 95 transplantes de fígado, também será homenageado.

Outros três troféus foram dados ao Hospital São Paulo, da Escola Paulista de Medicina, campeão em transplantes de córneas na capital, com 275 cirurgias, de rim, com 295, e de pâncreas, com 43. O Hospital das Clínicas de Campinas foi o que mais se destacou no interior do Estado em transplantes de fígado, com 54 procedimentos, e de rim, com 70.

Já o Hospital Oftalmológico de Sorocaba foi homenageado por ter realizado o maior número de transplantes de córnea do Estado, campeão absoluto com 2.431 cirurgias. A Beneficência Portuguesa, vice-líder em transplantes de pâncreas, com 33 procedimentos, também recebeu prêmio da Secretaria, assim como o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, segundo colocado em transplantes de coração, com 22 cirurgias.

No quesito captação de doadores, a Santa Casa de São Paulo foi o grande destaque na capital, viabilizando 117 doadores viáveis (que tiveram pelo menos um órgão aproveitado para transplante), enquanto o Hospital das Clínicas de Ribeirão liderou no interior, com 54 doadores viáveis. Essas duas instituições, junto com outras oito no Estado, possuem Organizações de Procura de Órgãos responsáveis pela busca ativa de potenciais doadores em um determinado grupo de hospitais definido regionalmente.

“Em 2008 registramos recorde histórico em transplantes no Estado de São Paulo, e o resultado reflete a solidariedade dos paulistas, mas também o trabalho incansável de médicos e outros profissionais de saúde na identificação, notificação e viabilização de doadores. Essa homenagem é, portanto, mais do que justa”, disse o secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

Balanço da Secretaria aponta que no ano passado foram realizadas 7.683 cirurgias, resultado 26,7% superior ao registrado em 2007. Na média houve 21 transplantes por dia, ou seja, quase um por hora.

Do total de transplantes realizados pelos hospitais paulistas no ano passado, 1.485 foram de órgãos, dos quais 812 de rim, 430 de fígado, 122 de pâncreas, 74 de coração e 47 de pulmão. Além disso, houve 6.198 cirurgias de córneas, consideradas tecidos.

O universo de doadores de órgãos e de córneas é diferente. Para viabilizar um transplante de órgãos o potencial doador deve estar em quadro de morte encefálica, mas com o coração ainda batendo. Já as córneas podem ser retiradas mesmo após a parada cardíaca do paciente.

A recomendação da Secretaria para quem deseja ser doador é que deixe esta intenção bem clara a seus parentes mais próximos (pais, irmãos, avós), pois somente a família pode ou não autorizar a doação.

Da Secretaria da Saúde