Entrega nova Rodoviária Campinas

Inauguração contou com a presença do governador José Serra

qua, 04/06/2008 - 21h30 | Do Portal do Governo

O governador José Serra participou nesta quarta-feira, 4, da cerimônia de inauguração do Terminal Rodoviário Ramos de Azevedo, uma obra da prefeitura de Campinas que vai integrar o Corredor Metropolitano Noroeste, um dos principais investimentos que o Governo do Estado está fazendo na região, através da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), no valor de R$ 150 milhões. Na ocasião, Serra fez o seguinte pronunciamento.

Governador: Queria cumprimentar a todos e a todas. Dar o meu boa noite, dizer da minha alegria de vir hoje a esta inauguração, porque realmente parece um terminal de aeroporto.

Em geral, as rodoviárias são mais baixas, é outro ambiente. Isso aqui é um terminal de primeira, realmente se assemelhando a terminais internacionais de aeroportos.

Queria cumprimentar o prefeito, o Hélio, e a senhora Rosely Nassim Jorge Santos, que é a primeira dama.

Queria cumprimentar Guilherme Campos, deputado federal batalhador por Campinas. Os deputados estaduais que também são lutadores pela cidade: a Célia Leão, que representa o presidente da Assembléia; o Davi Zaia e o Feliciano Filho.

Queria aqui cumprimentar o Gerson Bittencourt, que é o secretário municipal do Esporte. Quando ele estava falando eu perguntei ao Hélio. Ele não é aqui de Campinas, é importado do Rio Grande do Sul e veio trazer aqui uma boa contribuição dos gaúchos à cidade de Campinas.

O vereador Sérgio Benassi, em nome de quem eu cumprimento todos os vereadores aqui presentes. O Coronel da PM Almir Gonçalves Albuquerque, nosso comandante aqui da região. O Zé Inácio, que é o presidente da EMTU, a Empresa de Transportes Urbanos do Estado. Os presidentes de associações e entidades de classe. Futuros ou atuais usuários já deste terminal.

Eu realmente venho com muita alegria e vamos voltar aqui em dois meses para inaugurar o outro terminal feito em combinação com este: o Terminal Urbano Metropolitano de Campinas, que é do corredor Noroeste. Esses dois terminais foram construídos coordenadamente, de maneira que a circulação entre ambos será extremamente facilitada.

Os beneficiários? Aqueles que andam de ônibus. Aqueles que não têm automóvel. Eu quero dizer que eu era usuário da antiga estação rodoviária de Campinas. Realmente era uma confusão, embora para mim tivesse um valor sentimental, porque eu sou professor da Unicamp e eu preferia vir dar aula de ônibus.

Era muito mais prático. No ônibus, a gente vem preparando a aula. Eu pegava lá na Anhangüera o ônibus, parava na estrada, vinha até aqui e daqui ia para a Unicamp. Nesse sentido, tenho até uma ligação afetiva com aquilo.

Eu espero que seja dado um reuso agora, bastante conveniente. Era muito precário. Uma grande confusão, sem dúvida nenhuma. Não estava à altura já do grande desenvolvimento de Campinas.

Este corredor que nós estamos fazendo vai ligar cidades como Campinas, Monte Mor, Hortolândia, Sumaré, Santa Bárbara, Nova Odessa e Americana. Num ou noutro lugar está tendo problema. Tem uma cidade que acha que a ligação com Campinas vai liquidar o comércio lá. É um equívoco, mas essas coisas sempre surgem. E nós estamos gastando no terminal, no corredor, R$ 150 milhões para facilitar muito o transporte. Vai ter três milhões de usuários, que é uma coisa muito importante. Isso só foi possível fazer graças à parceria com a maior das Prefeituras, que é a cidade e a Prefeitura de Campinas.

Quero aproveitar a oportunidade para falar muito brevemente de outras coisas. Tem aqui um problema em torno do qual eu estou dando volta há muito tempo: o Aeroporto de Viracopos. O Estado incluiu a obra de ampliar o trevo da Anhangüera aqui em Campinas, até Viracopos. Isso vai facilitar enormemente o escoamento do aeroporto. O que eu defendo é uma concessão, como foi essa rodoviária. Hélio, se não fosse concedida, ela estaria pronta hoje? Não estaria.

Ela ficou pronta porque foi concedida exploração de trinta anos, depois volta para a Prefeitura. Uma coisa bem feita, feita em um ano e meio. É a mesma coisa que eu defendo para o Aeroporto de Viracopos. Que está destinado a ser o grande aeroporto de São Paulo. É onde dá para expandir vinte, trinta vezes o movimento.

Portanto, nós estamos trabalhando, o prefeito está também com esta tese, o ministro Jobim está, e nós vamos novamente ao presidente. Eu já fui uma vez ao Presidente da República para que se acelere essa concessão que dará à região outro padrão de desenvolvimento internacional. Vocês podem imaginar o que é o Aeroporto de Viracopos vinte, trinta vezes maior, do ponto de vista de empregos, do ponto de vista de comércio, de importância aqui para a região. É ele que vai justificar o trem bala até o Rio de Janeiro. É esse aeroporto ampliado que vai justificar. Portanto é uma obra chave, e nós estamos empenhados na direção dela.

Mas outra coisa que eu queria mencionar aqui é a importância que nós estamos dando para a região. Para as escolas e as faculdades de tecnologia e de ensino técnico. Para vocês terem uma idéia, nós estamos planejando ter no final do governo – já tem muitas – vinte escolas técnicas aqui em Campinas. Escolas de nível médio para formar força de trabalho jovem para ter emprego.

Oito em cada dez alunos formados nas escolas técnicas têm emprego na hora.  Mais ainda, nós temos hoje seis FATECs prontas ou em andamento. Istorealmente é uma revolução numa área que já tem um dos principais centros universitários e de pesquisa aqui na região de Campinas e tudo que tem em torno. Poressas escolas e faculdades vão transitar os alunos, os passageiros que passam por essas estações.

É uma das coisas mais importantes que estamos fazendo no nosso governo em parceria com as Prefeituras, porque a gente mantém as escolas, mas as Prefeituras ajudam na construção.

Eu aproveito aqui para anunciar uma nova ETEC aqui perto de Campinas, que é em Capivari. Capivari vai ganhar uma ETEC, eu estou anunciando aqui no dia de hoje. Fora outras que nós vamos inaugurar nas próximas semanas.

Outra coisa importante são os prazos do Corredor Oeste. Até novembro, nós vamos ter Americana e Monte Mor, isso está caminhando rapidamente. E rapidamente junto com as estradas vicinais. Estradas que são do município, que facilitam a circulação de pessoas e de mercadorias. São duzentos e trinta e um quilômetros aqui na região de Campinas. É das regiões mais contempladas por este programa, que prosseguirá, porque nós vamos aprontar doze mil quilômetros de estradas vicinais no Estado de São Paulo, até o final.

Finalmente, uma coisa que para mim tem uma importância do coração. É o hospital de reabilitação, Centro de Reabilitação Lucy Montoro. A esposa do saudoso Franco Montoro. Nós estamos fazendo uma rede em São Paulo e a primeira vai ser aqui  em Campinas. Eu já lancei a pedra fundamental. Vamos ter outro na Capital e mais três no Interior. Reabilitação para quem nasce com defeito físico, para quem tem derrame, para quem sofre acidente. Este é um setor deixado de lado objetivamente no atendimento, na saúde pública brasileira.

Nós, em São Paulo, vamos assumir a vanguarda dessa matéria, e Campinas vai ser a primeira cidade do Estado a ter um hospital de reabilitação desse porte. São anúncios que eu não podia deixar de fazer aqui, dada a quantidade de pessoas aqui presentes.

Quero dizer ao prefeito, e por intermédio do prefeito a toda a cidade: contem conosco para a parceria. Nós governamos para todos os paulistas. O meu partido como governador não é o PSDB. O meu partido como governador é o partido de São Paulo. É para isso que nós governamos. Eleição é eleição, tem disputa, tem briga, tem isso tudo que a gente sabe que faz parte da democracia. No governo, a gente governa para todos.

Não dá para dizer: Eu não vou fazer aqui porque é do PT, eu não vou fazer acolá porque é de outro partido. Tem alguns prefeitos chatos, mas a gente engole sapo em nome do beneficio da população da região. Não estou pondo o Hélio entre os chatos não, pelo contrário. Mas um ou outro é meio cri-cri. Mesmo assim, os deputados são testemunhas disso: a qualquer partido que eles pertençam, eles têm o apoio do governo, na defesa das suas comunidades. É ou não é? Nós fazemos isso porque esse é o mandato que o povo me entregou.

O povo não me entregou mandato para ser candidato. Ele não me elegeu para ser candidato, mas governar. Não fui eleito para fortalecer um partido, mas para fortalecer São Paulo.

Por isso, vocês podem contar conosco e podem contar comigo pessoalmente.

Muito obrigado.