Entenda como a água de reúso se transforma em água potável

Equipamentos modernos são utilizados no processo de tratamento; água de reúso terá monitoramento contínuo da Sabesp

seg, 10/11/2014 - 12h30 | Do Portal do Governo

Tecnologia de ponta, já empregada em países europeus, além de Estados Unidos, Israel e Cingapura, será utilizada pela Sabesp para transformar água de reúso em água potável de qualidade confiável para o consumo humano. “O resultado é uma água absolutamente limpa, cristalina, sem nenhuma impureza. É a molécula da água com seus sais naturais”, esclarece o superintendente de Tratamento de Esgotos da Região Metropolitana de São Paulo, Paulo Nobre.

O Sistema Baixo Cotia produzirá três mil litros por segundo de água de reúso, que serão lançados nas represas Guarapiranga e Isolina, aumentando o volume de água armazenada dos reservatórios. No primeiro caso, será implantada uma estação de produção de água de reúso próxima à estação de trem Jurubatuba, na zona sul de São Paulo. O esgoto coletado da região de Interlagos, que passa por uma tubulação às margens do rio Pinheiros, será captado e tratado na nova estação. 

Após o refinado tratamento, a água de reúso será lançada no córrego Julião, que já foi despoluído pelo Programa Córrego Limpo, da Sabesp, e então despejada na Represa Guarapiranga. A partir da represa, a água de reúso, misturada à água acumulada pelas chuvas, será coletada e novamente tratada, passando pelo processo já usado no tratamento tradicional, e distribuída à população.

No caso da água de reúso que será aproveitada pelo Sistema Baixo Cotia, todo o esgoto habitualmente despoluído na estação de tratamento Barueri passará pelo mesmo tratamento refinado, com membranas e osmose. Em seguida, a água de reúso será levada para a represa Isolina, que integra o sistema. Antes, o esgoto tratado pela ETE Barueri era despejado no rio Tietê.

Entenda o processo

Duas estações de produção de água de reúso serão equipadas com reatores biológicos de membranas, que fazem uma ultrafiltração e têm capacidade para remover partículas sólidas com tamanho correspondente a um diâmetro mil vezes menor que um fio de cabelo.

Depois das membranas, será empregado o processo de osmose por foto-oxidação, que vai eliminar pequenas partículas, como bactérias e vírus. Como última etapa, a água é submetida a um processo de desinfecção final, com emprego de radiação ultravioleta associada ao peróxido de hidrogênio.

Além disso, a qualidade da água de reúso será monitorada continuamente pela Sabesp, por analisadores online e análises laboratoriais. A companhia produz água de reúso desde 1997. Em 2012, implantou o projeto Aquapolo, que já utiliza o reator biológico de membranas e a osmose para a produção de água de reúso em larga escala, aproveitada por indústrias. Nas duas novas estações, a tecnologia será similar, porém ainda mais moderna.

Do Portal do Governo do Estado com Sabesp