EMTU discute adoção de redes integradas de transporte

Evento aconteceu na terça-feira, 2, em Maceió (AL)

qua, 03/10/2007 - 15h36 | Do Portal do Governo

Na terça-feira, 2, o diretor presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo – EMTU/SP, José Ignácio Sequeira de Almeida, participou de Sessão Especial no 16º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito da ANTP, em Maceió, no estado de Alagoas.

Na discussão, cujo tema foi “O BR-TEU nas Novas Redes Integradas de Transporte Urbano “, o diretor abordou as vantagens e a oportunidade para aumentar o número de viagens no transporte público, por meio da construção de corredores de ônibus, equipamento importante para o desenvolvimento urbano e melhoria da qualidade de vida da população.

Para demonstrar a necessidade de sistemas exclusivos  ao transporte coletivo, José Ignácio apresentou o Corredor Metropolitano São Mateus – Jabaquara, localizado no ABC Paulista, gerenciado pela EMTU/SP. Um exemplo de sucesso, o corredor tem bom nível de aprovação por parte dos usuários, conforme resultados das pesquisas de Imagem do Transporte Público divulgadas pela ANTP.

Premissas

As ações da EMTU/SP, voltadas para a construção de corredores nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Baixada Santista e Campinas, se fundamentam em premissas como a operação em via segregada, sem compartilhamento com outros modais que não fazem parte do serviço metropolitano, faixas de ultrapassagem, acessibilidade universal aos equipamentos, integração tarifária com outros sistemas, veículos de maior capacidade com tecnologia menos poluente e modelo auto-suficiente nas questões relativas ao equilíbrio econômico e financeiro da operação.

Gestão

Os estudos em desenvolvimento na EMTU/SP para a construção de corredores de ônibus consideram os conceitos de sistemas de sucesso no transporte metropolitano, a adoção de técnicas e ferramentas de gerenciamento, indicadores de gestão, análise de riscos do empreendimento, parcerias com instituições internacionais voltadas para a melhoria do transporte público e da qualidade do ar.

Corredores em estudo e em construção

Corredor Metropolitano São Mateus – Jabaquara (RMSP) e Extensão Diadema – BrooklinInaugurado em 1988, o Corredor Metropolitano São Mateus – Jabaquara, na Região Metropolitana de São Paulo, é referência nacional e internacional em sistemas de transporte público de média capacidade.

É gerenciado pela EMTU/SP e em 1997 foi objeto da primeira concessão no Brasil de serviço de transporte público. Hoje é operado pela Concessionária Metra e o sucesso desse sistema está intimamente associado a quatro fatores principais: capacidade de transporte, alcance metropolitano, tecnologia e qualidade dos serviços.

Ao longo dos seus 33 km circulam 13 linhas operadas por 200 ônibus (trólebus, articulados e Padron), transportando por mês em torno de 5,7 milhões de passageiros. O sistema conta com nove terminais de integração que atendem ao Padrão Universal da Acessibilidade.

Está em construção o Corredor Diadema – Brooklin, uma extensão do Corredor Metropolitano São Mateus-Jabaquara, que terá 11 km de extensão  e transportará, em média, 50 mil passageiros por dia.

Corredor Guarulhos – São Paulo (RMSP)

O projeto do Corredor  Guarulhos – São Paulo tem o objetivo  de  atender ao município de Guarulhos, a segunda maior concentração populacional do Estado de São Paulo, com cerca 1 milhão de habitantes e que,  atualmente, não conta com nenhum sistema estruturado de transporte. Este estudo da EMTU/SP serviu como base para um projeto maior: o TEU Metropolitano que foi desenvolvido pela ANTP com apoio da Fundação Hewlett.

O projeto propõe a construção de vias exclusivas para a circulação de ônibus e o aprimoramento de corredores de ônibus já existentes, formando um anel viário de 87 km, com prioridade de circulação ao transporte coletivo.

Corredor Metropolitano Noroeste (RMC)

As obras do Corredor Metropolitano Noroeste, na Região Metropolitana de Campinas, estão em andamento. Trata-se de uma nova rede estruturada e integrada que promoverá o desenvolvimento urbano daquela área, com prioridade do viário ao transporte público. O corredor terá 32,7 km de extensão e atenderá as cidades de Campinas, Hortolândia, Sumaré e beneficiará 3,5 milhões de usuários por mês da bacia Noroeste da RMC.

Também serão construídos terminais em Campinas, Hortolândia, Sumaré (Anhanguera), Nova Odessa e Americana e reformados os terminais existentes em Sumaré e Monte Mor.

O Corredor Noroeste representa um investimento de R$ 146,7 milhões vindos do Tesouro do Estado.

SIM – Sistema Integrado Metropolitano (RMBS)

Está em fase de desenvolvimento pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos o projeto básico para  a construção do Sistema Integrado Metropolitano, na Região Metropolitana da Baixada Santista – SIM. O SIM é um sistema articulado, de média capacidade, sobre trilhos (14 km), com a adoção da tecnologia VLT, e sobre pneus com a operação de ônibus de maior capacidade (21,5 km).

O investimento previsto para este projeto, de R$ 640 milhões, será dividido entre os municípios beneficiados (R$ 360 milhões), governo do Estado (R$ 140 milhões) e iniciativa privada, por meio de concessão (R$ 140 milhões).

Da ETMU