A Macrometrópole Paulista, formada por153 municípios que rodeiam a cidade de São Paulo num raio de 200 quilômetros, ostenta números impressionantes: nela estão nada menos do que 72% dos habitantes do Estado, 95% dos quais vivendo nas áreas urbanas, 80% do PIB estadual e aproximadamente 27% do PIB brasileiro.
Ela é a principal personagem do livro Rede Urbana e Regionalização do Estado de São Paulo. Editado pela Imprensa Oficial, o livro – trabalho conjunto da Emplasa e do Seade – contém um amplo estudo realizado em 2009 e 2010, que identificou transformações expressivas no sistema paulista de cidades, entre as quais a formação de um novo fenômeno urbano: a Macrometrópole Paulista. Também revelou novos polos regionais, trazendo como novidade a Aglomeração Urbana de Piracicaba.
O lançamento integra a programação do Seminário Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas Públicas, promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com parceria do Programa de Apoio a Redes de Pesquisa (ProRedes) e a participação de instituições estaduais que compõem a rede Ipea-Anipes – Associação Nacional das Instituições de Planejamento, Pesquisa e Estatística, da qual a Emplasa e o Seade fazem parte.
Consolidada nos últimos dez anos, a Macrometrópole Paulista representa o mais amplo e complexo sistema urbano do País. Por sua dimensão e importância socioeconômica é uma região de particular interesse para o planejamento metropolitano do Estado de São Paulo. Afinal, ali estão situadas as três regiões metropolitanas paulistas – São Paulo, Campinas e Baixada Santista, as aglomerações urbanas de São José dos Campos, Sorocaba, Jundiaí e Piracicaba, além das microrregiões de Bragança Paulista e São Roque.
Ao lado de abundantes dados e estudos sobre as mudanças ocorridas no sistema urbano paulista, a obra contém pormenorizadas informações sobre a condição do meio ambiente no Estado, dividido em 54 Unidades de Proteção Integral e 36 Unidades de Uso Sustentável, com destaque para as áreas protegidas da Serra do Mar e da Serra da Cantareira. Na média, constata a publicação, a situação dos mananciais “pode ser considerada adequada, pois a disponibilidade de água é de 2.502 metros quadrados por habitante ao ano”.
O diretor-presidente da Emplasa, Renato Viégas, salienta a importância do livro: “É o instrumento que vai fornecer insumos para a organização e funcionamento do Sistema Estadual de Desenvolvimento Metropolitano, criado na gestão atual”.
Da Agência Imprensa Oficial
