Projeto universitário oferece assistência odontológica a crianças

Integrantes da Faculdade de Odontologia da USP supervisionam atividades de escovação e fazem exames nos pequenos

qui, 02/08/2018 - 12h19 | Do Portal do Governo

Por meio de ações em escolas públicas de educação infantil, a Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP) já supervisionou a escovação de 610 crianças da cidade, além de realizar exames em 532 jovens. Em execução desde 2014, a iniciativa tem o objetivo de ensinar aos pequenos as técnicas para manter a boa higiene bucal.

Vale destacar que 135 crianças recebem atendimento de profissionais da faculdade para prevenção e controle da cárie, com a realização de restaurações, aplicação de selantes e fluoretos. “No projeto, participam crianças de quatro a seis anos, muitas das quais têm, nesse programa, o primeiro contato com profissionais da área odontológica de forma lúdica, em um ambiente familiar”, explica a professora Marlívia Gonçalves de Carvalho Watanabe, chefe do Departamento de Estomatologia, Saúde Coletiva e Odontologia Legal da unidade e uma das responsáveis pela ação.

“Isso permite, muitas vezes, desmistificar o tratamento odontológico como algo assustador”, completa a docente. Segundo ela, após a ação na escola, os pequenos apresentam menos ansiedade e confiam nos universitários da USP que realizarão o atendimento individual.

Parceria

Além disso, outro fato que contribui para deixar as crianças mais tranquilas é a chegada em grupo à universidade, na companhia dos colegas de escola. As atividades são desenvolvidas anualmente pela área de Saúde Coletiva da faculdade, em parceria com a Secretaria da Saúde do município, que seleciona as unidades de ensino e se responsabiliza pelos recursos materiais distribuídos às crianças. O transporte, quando necessário, fica por conta da prefeitura.

Vale destacar que, por ano, o projeto realiza duas incursões. No primeiro semestre, estudantes do 4º ano do curso de Odontologia orientam sobre educação em saúde e escovação supervisionada. Em seguida, os graduandos fazem exames bucais nos jovens, com autorização dos pais.

Quem apresenta sinais de cárie é encaminhado para acompanhamento na faculdade durante o segundo semestre. “Buscamos, além do atendimento, o controle da doença e a prevenção de novas lesões”, enfatiza o professor Wilson Mestriner Junior, que também integra a coordenação das atividades.

De acordo com a professora Marlívia Gonçalves de Carvalho Watanabe, atividades como essas também oferecem benefícios aos futuros profissionais. “O trabalho desenvolvido fora dos muros da universidade permite maior aproximação com a sociedade e a consolidação da cidadania”, avalia.