Em dez anos, número de funcionárias cresceu 65% na CPTM

Em 2006 eram 879 mulheres, atualmente são 1.453; maioria atua como agente de estação auxiliando usuários, algumas salvam vidas

qua, 08/03/2017 - 17h09 | Do Portal do Governo
DownloadDivulgação CPTM
CPTM conta com 1.453 mulheres trabalhando nas estações atualmente

O número de mulheres que trabalham na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) cresceu 65% nos últimos 10 anos, passando de 879, no ano de 2006, para 1.453 atualmente.

O cargo com maior presença feminina é o de agente de serviços de operação. São 570 funcionárias que atuam diretamente com o público nas estações, auxiliando na prestação de serviços aos usuários, mas também em casos de emergências.

Em fevereiro, por exemplo, duas agentes se destacaram em ações de atendimento que salvaram vidas. Na Estação São Caetano, na Linha 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra), um usuário desembarcou apresentando um quadro de mal súbito, seguido de uma parada cardiorrespiratória.

A líder de estação Raquel Martins Barbosa, há oito anos na CPTM, rompeu o lacre do compartimento onde fica o DEA (Desfibrilador Externo Automático) e correu à plataforma a fim de socorrer o usuário.

Ela conta que quando chegou no local, o usuário apresentava uma cor meio roxa e havia um voluntário realizando a massagem cardíaca nele e toda equipe de vigilantes da estação mobilizada. Então, ela ligou o equipamento e seguiu as orientações. “Foi um momento muito tenso”, disse Raquel. A vítima foi conduzida ao Hospital de São Caetano, ficou na UTI por alguns dias e já recebeu alta.

Na avaliação da líder, todos os procedimentos realizados pela equipe da estação e pelos voluntários foram determinantes para dar sobrevida ao usuário. “O mais importante é manter a calma, conter a emoção e focar para relembrar o procedimento, porque a pessoa está precisando da gente”, ressaltou.

Outra ação emocionante ocorreu na estação Tatuapé, na Linha 12-Safira (Brás Calmon Viana). A líder de estação Dirce Santos do Nascimento, há 20 anos na CPTM, contou que quando os funcionários socorreram um idoso de 73 anos, que havia caído no saguão, e o levaram à sala operacional ela percebeu que, além das escoriações no braço, o usuário estava bastante confuso e não conseguia lembrar, sequer, o próprio nome.

Com os documentos do senhor em mãos, a líder de estação iniciou uma jornada de ligações para encontrar algum parente. Tentou informações com a polícia, procurou na Internet e, finalmente, conseguiu o contato da filha dele, que contou que o usuário é portador da doença de Alzheimer e que estava desaparecido havia dois dias.

“Eu fiquei muito preocupada com a situação e, antes de pensar em encaminhá-lo a um hospital, me empenhei em localizar alguém da família. A minha mãe sempre me ensinou a ajudar as pessoas. Procuro aplicar isso também no trabalho porque temos que ser profissionais e o lado humano é o importante, é você sempre fazer o seu melhor”, ressaltou Dirce.