O Projeto Escola da Juventude – Ensino Médio gratuito com aulas aos sábados e domingos – comprovou recentemente a sua importância social. Em pesquisa realizada durante o mês de março com os alunos matriculados no curso, 66,56% responderam que os motivos que os levaram a procurar o Projeto foram “conseguir novas oportunidades”. Como a questão era de múltipla escolha, mais de 48,83% dos pesquisados afirmaram também ter por objetivo ingressar na faculdade.
“Estes dados demonstram a importância que os estudos têm no mundo de hoje. O mercado de trabalho está cada vez mais exigente e o número de empregos reduzido. Portanto, terá mais chances quem estiver melhor preparado e tiver concluído pelo menos o Ensino Médio. Quem não conseguiu estudar na idade própria, por algum motivo, está retornando à escola agora”, explica a coordenadora do Projeto Escola da Juventude na Secretaria de Estado da Educação, professora Leila Mallio.
O que a coordenadora diz é confirmado pelos números da pesquisa, que verificou também há quanto tempo seus alunos estavam fora dos bancos escolares, a faixa etária, estado civil e número de filhos: mais de 44% terminaram o Ensino Fundamental há mais de 10 anos, quase 40% têm entre 30 e 40 anos, 58,73% são casados e 30% têm dois filhos. Informações que complementam e explicam a resposta da busca por novas oportunidades.
“O que a Secretaria de Educação fez ao criar o Escola da Juventude foi justamente dar uma oportunidade a estas pessoas de retornarem aos estudos e irem em busca de seus sonhos. Principalmente, pelo fato das aulas acontecerem aos fins de semana. Na pesquisa, 57,71% disseram que escolheram o curso, porque o dia e o horário da aula não atrapalham seu trabalho. Muita gente deixava de estudar, porque chegava atrasado na escola, cansado e não era produtivo. Com as aulas só no final de semana e a tecnologia como recurso pedagógico auxiliando, eles têm mais motivação”, explica Leila.
Por se tratar de uma questão de múltipla escolha, os alunos puderam também apontar neste item outros motivos para a matrícula no Projeto. O material gratuito com o uso de softwares educativos foi a opção de 20,97%.
O objetivo do Projeto Escola da Juventude ao realizar a pesquisa foi traçar o perfil de seu público-alvo e, posteriormente, desenvolver ações que ampliem o atendimento e contribuam cada vez mais para a melhoria da qualidade do ensino. Dos 23 mil alunos matriculados no curso, 12 mil responderam ao questionário espontaneamente.
A pesquisa revelou também que há um equilíbrio entre os sexos dos alunos que procuram o curso: 44,78% são homens e 55,22% são mulheres. E, a maioria cursou o ensino regular da escola pública: 62,23%. Enquanto, 29,31% vêm do sistema supletivo também da rede pública.
“Os resultados da pesquisa mostram que o Projeto está no caminho certo, atendendo àqueles que precisam de novas oportunidades, mas não tinham tempo para estudar durante a semana. E ainda, tinham o sonho de cursar uma universidade. Ficamos felizes com esta constatação”, analisa Leila Mallio.
Os alunos do Escola da Juventude realizaram nos dias 29 e 30 de abril exames para a conclusão de disciplinas. “Os aprovados, em todas as disciplinas, estarão aptos a receberem o certificado do Ensino Médio”, conclui a coordenadora.
O Projeto
O Escola da Juventude acontece hoje em 316 escolas estaduais da capital, Grande São Paulo e interior do Estado. O curso é dividido em módulos e os alunos ainda contam com uma 1h30min de aula de inclusão digital.
Como possui uma dinâmica diferenciada dos cursos tradicionais de Educação de Jovens e Adultos e por utilizar as novas tecnologias da Informação para acelerar o processo de aprendizagem, o Projeto permite ao aluno o término do Ensino Médio em 18 meses.
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