Educação: Secretária elogia o trabalho do Cape e incentiva parceria com a iniciativa privada

Maria Lúcia ficou bem impressionada com as ações da SEE para a Educação Especial

seg, 24/04/2006 - 13h02 | Do Portal do Governo

Pedagoga experiente e acadêmica respeitada, a secretária de Estado da Educação de São Paulo, Maria Lúcia Vasconcelos, confessou hoje, durante visita que fez ao Centro de Apoio Pedagógico Especializado – Cape –, que tem se surpreendido, “mais e mais, com o que tenho conhecido da rede de ensino estadual. Seja pela preocupação em administrar uma estrutura deste porte, seja por encontrar resultados tão favoráveis como os que acabo de conhecer, com um trabalho de qualidade e competência a serviço da comunidade”.

Cumprindo o programa de visitas aos diversos órgãos que compõem a estrutura da Educação de São Paulo, a secretária Maria Lúcia reservou a manhã desta quinta-feira para conhecer as dependências do Cape, que ocupa área de três andares no mesmo espaço onde funciona a Diretoria de Ensino Sul 1, no bairro do Brooklin, onde foi recebida pela diretora do Cape, Maria Alice Rosmaninho Perez. Projetadas para atender as especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), as instalações do Cape têm como foco a inclusão e por isso dota com equipamentos adequados todas as salas, sanitários e elevadores.

Iniciativa privada como parceira

Bem impressionada depois de conhecer todos os ambientes e o trabalho desenvolvido pelo Cape desde 2000, ano em que foi criado, Maria Lúcia Vasconcelos elogiou a equipe técnica e reconheceu que “há um longo caminho a ser percorrido, pois esta é uma área difícil e que pede aos envolvidos uma abnegação extra”. Com a visão avançada de quem sempre se dedicou à educação, a secretária Maria Lúcia expressou à equipe do Cape a importância de envolver a iniciativa privada – especialmente as universidades, para que criem cursos de formação na área de educação especial – nas ações que o Centro de Apoio desenvolve. Segundo Maria Lúcia, “além das parcerias que este centro já estabeleceu, há outros parceiros ávidos para fazer o que consideram ser sua responsabilidade social”.

Voluntários para o Braille

Durante a visita, a secretária Maria Lúcia pôde conhecer os equipamentos que produzem o livro didático em Braille, instalados em uma sala especialmente projetada para este fim, inclusive com proteção acústica. Três computadores e três impressoras transcrevem para o Braille o material do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que é posteriormente distribuído para as escolas que atendem alunos com deficiência visual.

Depois que sai da impressora, o material é todo revisado por Ivani Pires, deficiente visual e com formação especializada para executar essa atividade no Cape. Ela conta com o apoio de voluntários, que comparecem duas vezes por semana para ler os livros em tinta, como são chamados, enquanto Ivani acompanha a escrita em Braille. Os livros em tipos ampliados são oferecidos para todos os alunos com baixa visão da rede pública estadual. Em 2005, foi feita uma parceria entre a Fundação Dorina Nowill e o MEC, onde a Fundação assume a responsabilidade pela distribuição dos livros em Braille, mas o Cape continua a atender os alunos cegos da 1ªs e da 5ªs, ou alunos que fizeram a matrícula posterior ao censo. O material é oferecido para todas as escolas da rede pública estadual e os pedidos dessas escolas são feitos pelo PNLD.

Nas salas-ambiente de capacitação do Cape, a secretária Maria Lúcia teve contato com os equipamentos que são encaminhados para as escolas que contam com salas de recursos para atender aos alunos com deficiência visual, mental, física e auditiva. São televisores, lupas eletrônicas, computadores, livros (de Língua Portuguesa para Surdos e de Educação Física Adaptada), conjuntos de fitas de vídeo e CDs Dicionário da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), entre muitos outros. Alguns desses materiais são desenvolvidos pela Secretaria de Educação (pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas e pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE); outros, pelo Ministério da Educação (MEC) e outros ainda pela parceria SEE/MEC.

O Cape

Voltado para a formação continuada de profissionais da rede estadual de ensino e para a produção de recursos pedagógicos específicos de apoio às escolas, o Cape prioriza orientações técnicas e cursos para supervisores de ensino, assistentes técnicos pedagógicos, professores coordenadores, professores especializados em Educação Especial, professores do Ensino Fundamental e Médio. No período de 2000 a abril de 2006, foram capacitados cerca de 38.000 profissionais. Esse público, antes constituído quase que exclusivamente por professores especializados, foi ampliado e as ações voltam-se igualmente para os professores de classes comuns.

A rede estadual paulista é pioneira na oferta de atendimento educacional especializado a alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas públicas, e põe em prática a convivência na diversidade. Antes restrito a classes especiais e salas de recursos, esse atendimento atinge, atualmente, todas as escolas, inserindo alunos em classes comuns. A expectativa é, a cada ano, envolver gradativamente o maior número de profissionais, para que todas as escolas estejam em condições de acolher e oferecer os recursos necessários aos alunos com necessidades educacionais específicas.

Número de alunos atendidos:

alunos em classes comuns e em salas de recursos: 10.362

Alunos exclusivamente em classes comuns: 11.115

Alunos incluídos em classes comuns (subtotal): 21.477

Alunos em classes hospitalares: 625

Alunos em classes especiais: 6.814

Total: 28.916

(Fonte: Cape)

Além desses 28.916 alunos nas escolas da rede de ensino do Estado de São Paulo, em 2005, outros 31.527 alunos especiais foram atendidos através de convênios com entidades assistenciais, totalizando 60.443 alunos com necessidades educacionais especiais beneficiados.

Assessoria de imprensa da Secretaria da Educação

J.C.