Educação: Indústria leva estudante de Escola Estadual para a França

Idéia é incentivar a arte e a educação entre jovens adolescentes brasileiros

qui, 21/12/2006 - 21h20 | Do Portal do Governo

A tela “O Sentido do Poder”, produzida pelo estudante Ivens Francisco Ribeiro, de 17 anos, da Escola Estadual Prof. Dorothoveo Gaspar Viana, de Jacareí, no interior de São Paulo, foi escolhida como a melhor do projeto Museu de Arte Jovem (MAJ) entre as 300 obras de estudantes de escolas que participaram desta iniciativa com apoio da Rhodia. Como prêmio, o estudante ganha uma viagem cultural à França (país sede da empresa) prevista para abril de 2007, com direito a um acompanhante e todas as despesas pagas. O anúncio oficial foi feito nesta terça-feira, dia 19, data em que a Rhodia completou 87 anos de implantação no Brasil.

A segunda colocada, Laura Heloise de Camargo, 17 anos, da Escola Técnica de Paulínia, autora da obra “A Escolha”, receberá como prêmio um microcomputador com impressora; e a terceira, Amanda Blumer Souza, de 16 anos, aluna do Centro Municipal de Ensino Profissionalizante, de Paulínia, autora da obra “Dois caminhos”, ganhará uma televisão de 29 polegadas. Os professores voluntários  que orientaram os trabalhos dos três primeiros colocados também são premiados.

O júri especial para a escolha dos melhores trabalhos foi composto por Maria Silvia Bortolozzo, da secretaria estadual de Educação, Ivani Martins Gualda, arte educadora da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Mirca Bonano, da Fundação Ioschpe/Instituto Arte na Escola, André Rodrigues, vice-presidente Financeiro da Rhodia, e Odete Duarte, diretora de Comunicação Corporativa da Rhodia. O júri teve a coordenação de Roseli Ventrella, crítica de arte.

Arte e cidadania

O projeto Museu de Arte Jovem é um programa apoiado pela Rhodia para incentivar a arte e educação de adolescentes brasileiros que vivem em situação de exclusão social, em comunidades nas quatro cidades onde a empresa tem unidades produtivas: Jacareí, Paulínia, Santo André e São Bernardo do Campo, todas no Estado de São Paulo. 

Em 2006, participaram estudantes de 12 a 17 anos – matriculados em escolas públicas -e selecionados de acordo com os critérios que incluíram freqüência e participação em todas as disciplinas do currículo escolar, situação financeira e social e aptidão especial para artes plásticas. Pela primeira vez, 35 crianças portadoras de deficiência auditiva da escola municipal especial Neuza Bassetto, de São Bernardo do Campo (SP) também fizeram parte do projeto, além de estudantes das escolas José Getúlio Escobar Bueno e Padre Angelo Ceroni, que integram o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).

Os estudantes desenvolveram atividades extra-curriculares semanais, num total de quatro horas, conduzidas por monitores especializados que ministraram aulas de técnica e história da arte e abordaram temas transversais como ética, cidadania, educação e desenvolvimento sustentável. Sob o tema “Garantindo o futuro do nosso planeta”, foram desafiados a explorar áreas ligadas a meio ambiente, preservação e uso responsável dos recursos naturais. 

Responsabilidade Social

 Segundo o presidente da Rhodia na América Latina, Marcos De Marchi, o apoio à inclusão social por meio da arte e educação está alinhado às políticas internacionais da empresa, voltadas para o desenvolvimento sustentável.  “A valorização das comunidades é uma das marcas da atuação da empresa ao longo de 87 anos de implantação no Brasil”, disse ele.

Para a diretora de Comunicação Corporativa da Rhodia, Odete Duarte, a iniciativa contribui para complementar a formação educacional por meio da arte, enfocando temas que reforçam a prática da cidadania, melhoram a auto-estima e o aproveitamento escolar dos jovens. “Ao mesmo tempo, é oferecida aos alunos uma atividade extra-curricular que os mantêm afastados da violência e das situações de risco”, complementou.

Museu de Arte Jovem

O projeto, administrado pela empresa PróCultura e incentivado pela Lei Rouanet,  teve início em 2002 com o objetivo de estimular adolescentes de escolas públicas de duas regiões de São Paulo a participar de um espaço de criação que utiliza a arte como expressão. Posteriormente, aumentou o raio de ação para cinco estados brasileiros (São Paulo, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso e Paraná), totalizando 20 municípios, e beneficiando – em 2006 – o total de 1900 alunos.