A homenagem ao diretor do Instituto de Física da USP de São Carlos, Roberto Mendonça Faria, pelo trabalho em prol do ensino de Física no Estado de São Paulo, foi um dos pontos altos da cerimônia de premiação da Olimpíada Paulista de Física. A festa foi realizada no Teatro A Hebraica , na Capital, no último sábado.
Dos inscritos, 60% vieram de escolas públicas de todo o Estado de São Paulo, e alguns deles, de Minas e Paraná. Nove deles, vindos de escolas estaduais do interior paulista, fizeram bonito na competição. A premiação normalmente vai até o 15º lugar, depois vêm as menções honrosas, muito importantes para os participantes. A menção significa que eles tiveram notas muito boas, bem próximas dos classificados que ganharam medalhas.
Quem são eles
Da Escola Estadual Antônio Perches Lordello , de Limeira, os alunos Israel Augusto Gragone e João José Ambrozetto, ambos da 5ª série, e Dayane Ferraz Lacerda, da 6ª série, receberam menção honrosa.
Também receberam menção honrosa Leandro Moreira Gonçalves, da Escola Estadual Professor Abranche José , e Guilherme Henrique Coutinho, da Escola Estadual Dr. Clóvis de Arruda Campos , ambos alunos de 6ª série da cidade de Araçatuba.
Júlio César dos Santos, da Escola Estadual Victor Britto Bastos , de São José do Rio Preto, recebeu a medalha de prata, além da menção honrosa.
Entre os alunos de escola pública, o destaque foi para a cidade de São Carlos, na região central do Estado: Ícaro Diagonel Turci, aluno da 7ª série da Escola Estadual Antonio Militão de Lima recebeu, além da medalha de bronze, o título de melhor aluno de escola pública da competição.
Rafael Ricardo de Oliveira, aluno da 7ª série da Escola Estadual Dona Irene Machado de Lima , de Registro, no Vale do Ribeira, melhor aluno de escola pública da competição em 2004, também levou menção honrosa pela pontuação alcançada na olimpíada, em 2005.
Outra que ganhou menção honrosa foi Jéssica da Silva Barbosa, aluna de 8ª série da Escola Estadual Profº Raul Vianna , de Sertãozinho.
Melhor desempenho
Segundo o coordenador da Olimpíada, profº Ozimar da Silva Pereira, o desempenho dos alunos das escolas estaduais tem melhorado muito. Ele explica que o resultado ainda é pequeno em função do número de estudantes que se inscrevem, mas já é possível notar uma tendência de aumento de participações e do envolvimento da rede estadual, dos professores e da própria Secretaria de Estado da Educação, que tem oferecido apoio, por exemplo, ao garantir o transporte dos alunos para os locais de provas.
As diretorias de ensino do interior são as mais atuantes. Entre as que mais inscrevem competidores estão São José do Rio Preto, Limeira, Registro, Caieiras, Americana, Araçatuba e São José dos Campos. “Considero excepcional o fato de, pela primeira vez, três alunos de uma mesma escola estadual ganharem prêmios na Olimpíada, da cidade de Limeira”, ressalta Ozimar.
Peneira
Das 1.300 escolas que participam todo ano, apenas 300 vão para a segunda fase da Olimpíada, ou seja, mil não conseguem classificação. Das 300 ficam apenas 80, e dessas, apenas dez conseguem premiar mais de dois estudantes. A escola de Limeira ficou entre essas dez, o que é uma vitória, já que normalmente os colégios particulares tradicionais são os que mais têm chance de preparar os alunos para a Olimpíada, usando todos os recursos de um colégio privado.
Crescimento ano a ano
O número de inscritos, segundo os organizadores, tem crescido ano a ano. Em 2001, foram 900 escolas e nove mil alunos. Ano passado, esse número passou para 1.800 escolas e 18 mil alunos. Mesmo com uma premiação simples, que inclui livros e medalhas, os estudantes estão participando cada vez mais. “Na Olimpíada, quem vence é o aluno, é ele quem consegue a pontuação. E eles gostam do desafio”, revela o coordenador.
Da Secretaria da Educação
