Educação: Esalq discute Protocolo de Cartagena de Biossegurança

Seminário gratuito será realizado nesta quinta-feira, dia 16,

qua, 15/02/2006 - 16h49 | Do Portal do Governo

A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq) em conjunto com o Departamento de Ciências Florestais promoverá amanhã o seminário Protocolo de Cartagena de Biossegurança impactos para o Brasil. O Conselho de Informações sobre Biotecnologia apóia o evento. O seminário é gratuito e as inscrições deverão ser realizadas antes da abertura das palestras, que terá início às 8h30, no Anfiteatro do Departamento Ciência Florestais.

O evento é direcionado para profissionais da área, docentes, alunos de pós-graduação e empresas diretamente relacionadas com o agronegócio. Outras informações podem ser obtidas no site www.esalq.usp.br/acom.

Biotecnologia: o caminho para segurança?

No dia 11 de setembro de 2003 entrou em vigor o Protocolo de Cartagena, o primeiro acordo internacional que rege a transferência, manejo e uso de organismos vivos modificados por meio da biotecnologia moderna. Espera-se que o tratado estimule o uso seguro de transgênicos, tema que causa polêmica global, liderada pelos Estados Unidos e pela Europa.

Adotado em 2000 pelos integrantes da Convenção sobre Diversidade Biológica, o tratado busca um comércio internacional de transgênicos mais transparente, por meio de medidas de segurança de acordo com as necessidades de consumidores, indústrias e, em particular, do meio ambiente.

A finalidade é descartar potenciais conflitos entre as leis de comércio e o regime de biossegurança mundial. O processo de conciliar interesses legítimos do comércio, a biossegurança e outros não tem sido fácil. Há árdua disputa entre os que vêem na biotecnologia o caminho para a segurança alimentar e os que alegam razões éticas, ambientais, sociais e de saúde para tentar pôr limite à biotecnologia moderna.

O Protocolo exigirá dos 130 países signatários regras na compra e venda de organismos vivos modificados (OVMs). É da alçada do Protocolo determinar s responsabilidades, as compensações, suas implicações, a capacitação técnica dos profissionais envolvidos no comércio exterior, condições de manuseio, transporte, embalagem e identificação dos OVMs, além dos processos de detecção e rastreabilidade desses produtos.