Educação assina projeto para economizar R$ 100 mi nas escolas

Cerca de 1.800 escolas terão, por exemplo, lâmpadas e sistema energético trocados

ter, 09/12/2008 - 20h03 | Do Portal do Governo

A Secretaria da Educação assinou nesta terça-feira, 9, parcerias com as empresas CPFL, Eletropaulo e Sabesp para o projeto Escola de Gestão, que propiciará economia de R$ 100 milhões no dia-a-dia de escolas.

Em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), organização não-governamental considerada a maior consultoria em gestão empresarial do Brasil, a Secretaria irá enxugar os gastos das 5.537 escolas espalhadas pelas 645 cidades paulistas, alcançando a economia de R$ 100 milhões no primeiro ano. CPFL, Eletropaulo e Sabesp fazem parte das empresas que a Secretaria fecha parcerias para economia.

O valor, equivalente a 40 novas escolas de porte médio, será obrigatoriamente reinvestido em Educação. Há quatro meses o grupo do INDG está na sede da Secretaria, na Praça da República. Somente a CPFL pretende investir cerca de R$ 40 milhões no projeto.

“Verificamos, por exemplo, falta padrão em compras. O dinheiro é empregado de acordo com as regras, mas em uma rede com 5.537 escolas é preciso ter padrão. Os números são impressionantes. Apenas com ferramentas de gestão será possível gastar menos R$ 700 mil em papéis”, afirma a secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.

Financiado por empresários brasileiros, o INDG prevê ações como troca de torneiras com problemas, troca de lâmpadas amarelas por brancas (gastam menos), utilização de telefone via internet e gastos com despesas miúdas (papeis, tonner para impressoras etc). Mas os novos padrões também serão levados para órgãos gerenciais da Secretaria, não apenas para as escolas, como merenda, transportes escolar e sistema de obras.

Investimento em iluminação

A CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), por exemplo, investirá na troca de iluminação de 1.797 escolas com o equivalente a R$ 40 milhões. São lâmpadas “amarelas” que serão substituídas por “brancas”, além de reforma do sistema interno. Das 1.797 escolas, 1.268 estão na área da CPFL Paulista. Outras 529 estão pelo interior do Estado, nas outras regiões atendidas pela empresa.

As 1.797 escolas estaduais que integrarão o projeto estão assim distribuídas, dentro da área de concessão da CPFL Energia: 1.268 na CPFL Paulista; 376 na CPFL Piratininga; 71 na CPFL Santa Cruz; 37 na CPFL Sul Paulista; 27 na CPFL Leste Paulista; 10 na CPFL Mococa e 8 na CPFL Jaguari. Ao todo, serão 20.965 salas de aulas, 8.834 banheiros e 666 refeitórios.

A primeira etapa do projeto consiste na realização de um diagnóstico para saber o que cada escola precisa. Com base nesse diagnóstico é possível estimar o quanto pode ser economizado. A implantação do projeto com a CPFL terá início em janeiro de 2009. As primeiras 350 unidades beneficiadas pelo programa estão localizadas nas cidades de Campinas, Americana, Amparo, Capivari, Charqueada, Cosmópolis, Piracicaba e Hortolândia e terão as obras finalizadas até o final de fevereiro de 2008.

“É uma mudança na forma de pensar a gestão pública, com alternativas de sucesso. Queremos gastar melhor os recursos, mas sem comprometer a qualidade dos serviços nas escolas. A idéia não é gastar menos, mas melhor. Trata-se de conscientização ambiental também. Evitar o desperdício de recursos como água e luz é um assunto de Estado e cabe à escola cumprir esta função”, afirma a secretária Maria Helena Guimarães de Castro.

Programas da Secretaria com o INDG:

Pura: Convênio com a Sabesp que possibilitará a troca de torneiras e ajustes no encanamento – início em 350 escolas.

Pluz: Convênio com a Eletropaulo que possibilitará a troca de lâmpadas e eventuais reparos na rede elétrica – início em 150 escolas.

Pluga: Instalação do Voip – programa que permite que as ligações sejam feitas via internet -, reduzindo amplamente o custo das ligações.

Prob: Estudo e análise dos contratos de obras. O objetivo é elaborar pregões no início do ano, deixando assim estabelecidas as empresas que prestarão serviços ao longo do ano em todas as escolas.

Pam: Reavaliação de contratos de merenda.

Protrans: Renegociação de contratos de transporte junto às prefeituras

Proma: Padronização de materiais de consumo das escolas, adquirindo o mesmo modelo de papel sulfite, por exemplo, levando-se em conta o modelo mais utilizado.

Propeq: Padronização de materiais básicos que são utilizados pelas escolas. Com pregões antecipadamente, os diretores só precisarão solicitá-los junto às empresas.

Da Secretaria da Educação