Dobra número de escolas estaduais paulistas na Olimpíada Nacional de História

Evento promovido pela Unicamp conta com 1.754 equipes representando 639 escolas da rede

seg, 23/08/2010 - 17h00 | Do Portal do Governo

A primeira fase da 2ª Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB), promovida pelo Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), começou na última quinta-feira, 19, com a participação de cerca de 40 mil estudantes de escolas públicas e particulares de todo o País. Só da rede estadual paulista são 1.754 equipes de 639 escolas. O número é mais que o dobro de participantes na primeira edição, quando a rede contou com 558 equipes e 252 escolas.

Cada equipe é composta por três estudantes (alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e demais séries do Ensino Médio) e orientadas por um professor de história. O objetivo é resolver problemas propostos pela organização, que envolvem questões, pesquisas e tarefas a serem cumpridas, dentro de um prazo pré-estabelecido. São seis fases no total, sendo cinco on-line e uma presencial, com uma semana duração cada. A primeira fase termina nesta terça-feira, 24.

Cada fase virtual acumulará pontos e a somatória qualificará até 300 equipes para participar da etapa presencial e da cerimônia de premiação, que acontecerão na Unicamp, nos dias 23 e 24 de outubro. Ao todo, serão distribuídas 75 medalhas: 15 ouros, 25 pratas e 35 bronzes. Os demais finalistas receberão menções de honra. As escolas premiadas com medalhas de ouro serão contempladas com livros para o acervo da biblioteca e a assinatura da Revista de História da Biblioteca Nacional por um ano. Após a final da olimpíada, os professores responsáveis por essas equipes permanecerão na Unicamp para realizar capacitação de uma semana.

Primeira edição

A primeira edição, realizada no ano passado, teve mais de 15 mil participantes inscritos e reuniu cerca de duas mil pessoas na fase final. Uma equipe formada por alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Profº Emygdio de Barros, localizada no bairro do Butantã, na capital, foi premiada com a medalha de prata e outras dez equipes de escolas da rede estadual paulista receberam menção honrosa. “É uma experiência muito rica. Eles têm a possibilidade de acesso a documentos históricos, de aprofundar os assuntos estudados em sala de aula”, conta Marina Ferri, professora de história da Escola Estadual Emygdio Barros, que orientou a equipe medalhista. “Também foi muito importante para os alunos, que se sentiram mais seguros para encarar o vestibular”, acrescentou.

Natanael Fernandes, de 18 anos, integrou a equipe medalhista da Escola Estadual Emygdio Barros, e disse que a intenção, em princípio, era participar da competição como treino para o vestibular. “A ideia era estudar para o vestibular, não esperávamos chegar tão longe”, conta Natael, que descobriu sua real vocação. “Quando participei da olimpíada, já havia me inscrito na Fuvest para o curso de letras, mas tenho muito interesse pela história. Ainda não sei se pedirei transferência de curso ou farei uma pós-graduação em história, mas seguirei a área de alguma forma”, disse o estudante, que atualmente cursa o primeiro ano de letras na Universidade de São Paulo.

Da Secretaria da Educação