Detenção de São José dos Campos oferece mutirão serviços aos reeducandos

Local garantiu atendimentos jurídicos e de saúde durante atividades da Jornada da Cidadania e Empregabilidade no presídio

qui, 02/01/2020 - 17h22 | Do Portal do Governo

No fim de 2019, o Centro de Detenção Provisória de São José dos Campos organizou um mutirão de atendimentos aos reeducandos, em parceria com entidades da sociedade civil, durante a Jornada da Cidadania e Empregabilidade. Ao todo, foram realizados 1.259 atendimentos nas áreas da saúde, da justiça e dos direitos e deveres do cidadão.

Ao longo do evento, os presos foram examinados em testes rápidos para detecção de infecções sexualmente transmissíveis, tiveram a pressão arterial e o nível glicêmico capilar aferidos, passaram por consultas médicas e foram vacinados contra o sarampo.

O dentista Abel Carlos Batista, que faz parte da equipe de saúde do presídio, reforçou os atendimentos aos reeducandos e organizou uma discussão com os detentos sobre a saúde bucal. “O enfoque foi em técnicas de escovação e cuidados com os dentes para sua preservação”, explica o profissional. O preso Nilson, de 56 anos, participou do encontro e foi examinado durante o evento. “A ação acaba sendo boa para todos os detentos”, acredita.

Parceria

Em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), os reeducandos também tiveram a oportunidade de participar de uma palestra sobre câncer bucal. Docentes da instituição trouxeram temas como a higiene como cuidado básico para se precaver de doenças.

Já os profissionais da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, unidade de São José dos Campos, e da Fundação Professor Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) prestaram atendimento jurídico aos presos do CDP durante a edição da Jornada. “Estamos à disposição da população carcerária no que pudermos ajudar”, disse o defensor público André Eugenio Marcondes na cerimônia de abertura do evento. Quase 90 detentos tiveram a oportunidade de consultar seu status jurídico no dia.

O reeducando Rogério, de 38 anos, conseguiu conversar sobre seu processo com a equipe da Defensoria. “Muitos presos não têm condições de contratar um advogado particular ou são de cidades muito distantes, essa ação foi essencial para que a gente possa conhecer a nossa situação”, afirmou.