Para poder gerar mais energia na Usina Henry Borden, em Cubatão, o Governo do Estado está acelerando o programa de despoluição do Rio Pinheiros, por meio da técnica de flotação, o que vai permitir o bombeamento de sua água para a represa Billings. Essa operação poderá dar um ganho de 150 megawatts em Henry Borden. Com a despoluição dos afluentes do Rio Pinheiros, como o Zavuvus, Jaguaré, Pirajuçara e Morro do S, podem ser obtidos mais 250 megawatts. O projeto, que seria executado pela iniciativa privada, terá a sua primeira fase realizada pelo próprio Governo do Estado, por meio da Emae, em parceria com a Eletrobrás, uma vez que dessa maneira não será necessário licitação, o que demandaria mais tempo.
A utilização das águas do Pinheiros pela usina, de propriedade da Emae, foi interrompida em 1992, pelo artigo 46 das disposições transitórias da Constituição estadual, que proíbe o bombeamento de águas poluídas para o reservatório Billings, diminuindo muito a capacidade hídrica da represa. Atualmente, a Henry Borden gera energia apenas com as águas da bacia do Alto Tietê, armazenadas na represa Billings, e esse sistema para despoluir o Pinheiros, entre outros benefícios, coloca o uso de suas águas em concordância com a lei de proteção ambiental.
A tecnologia utilizada no Sistema de Flotação e Remoção de Flutuantes para a melhoria das águas do Rio Pinheiros consiste na injeção de substância coagulante na água que permite a aglutinação dos resíduos que serão removidos mais facilmente para se obter novamente uma água translúcida e oxigenada. A tecnologia de flotação, já está sendo utilizada com sucesso em dois canais da praia da Enseada no Guarujá, em lagos do Parque da Aclimação e do Parque do Ibirapuera. No Rio Pinheiros, uma estação piloto já funciona desde o ano passado.
Simão Molinari
Leia mais