Desativada carceragem do 70º Distrito Policial de Sapopemba

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ter, 06/02/2001 - 17h13 | Do Portal do Governo


Agora são 20 delegacias que deixam
de abrigar detentos na Capital

O governador em exercício, Geraldo Alckmin, derrubou as grades do 70º Distrito Policial de Sapopemba, Zona Leste da Capital, dando fim à carceragem da delegacia, que tinha capacidade para 20 presos, mas que estava abrigando 105. Os detentos foram transferidos em grupos de dez, entre o último mês de dezembro e o final de janeiro, para os Centros de Detenção Provisória (CDPs) Belém I e II. “Quando você constrói um centro de detenção o compromisso com a comunidade é que os distritos policiais da região sejam os primeiros a terem a carceragem desativada”, disse Alckmin.

Segundo ele, a retirada das grades evita que daqui a algum tempo volte a se colocar presos no distrito. “Esse é um grande benefício para a população. A desativação evita fugas e permite que a polícia desempenhe melhor o seu trabalho investigativo”, ressaltou.

O Governo do Estado já construiu seis CDPs – Osasco I e II, Belém I e II, Vila Independência e Campinas – e a Secretaria de Administração Penitenciária está buscando novos terrenos para outras unidades. “O problema é conseguir um espaço com dez mil metros quadrados de área, ou seja, um hectare. Obtendo o terreno, vamos construir mais CDPs”, afirmou o governador em exercício.

Em relação aos recursos do Governo Federal para serem aplicados no sistema penitenciário paulista, Alckmin informou que, dos R$ 40 milhões autorizados no ano passado, foram liberados apenas R$ 9 milhões. “Falamos, ontem, com o ministro da Justiça, José Gregori, pedindo agilização na liberação. Ele falou que o recurso está garantido e que vai agilizar”.

O Distrito Policial de Sapopemba foi o 20º a ter a sua carceragem desativada na Capital. Os outros foram os seguintes: 6º, 15º, 21º, 22º, 23º, 30º, 42º, 48º, 51º, 54º, 56º, 59º, 75º, 78º, 81º, 93º, 95º, 100º, além da carceragem do Depatri. Os CDPs acrescentaram 4.608 vagas no sistema prisional, sendo que 4.221 delas já estão ocupadas.

Desde 1995, o Governo de São Paulo vem realizando um programa de ampliação do sistema penitenciário sem precedentes em toda a história de São Paulo. Foram criadas 24.432 vagas apenas no Governo Mário Covas, contra um total de 21.902 vagas penitenciárias em mais de um século, de 1889 a 1994. Além dessas, já está autorizada a criação de mais 10.708 vagas em Centro de Reabilitação Penal para presos de alta periculosidade, a construção de dez Centros de Ressocialização e de outros 11 Centros de Detenção Provisória, onde ficam os detentos que aguardam julgamento. Depois da conclusão de todas as obras, o Governo Mário Covas terá entregue 35.140 vagas em oito anos.

Estavam presentes o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, o secretário-adjunto da Segurança Pública, Mário Papaterra Limongi, e o delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo.