Além de preservar áreas verdes, por meio da criação e revitalização de parques e unidades de conservação, a Dersa Desenvolvimento Rodoviário está realizando a recuperação de áreas degradadas com plantio de 1.016 hectares de plantas nativas, o que equivale a 2,5 milhões de mudas.
“O Instituto de Botânica, uma das mais respeitadas instituições do País nós dá as diretrizes técnicas para realização do plantio. Utilizamos dados que eles tinham de todos os plantios compensatórios realizados no Estado de São Paulo nos últimos 20 anos. Tudo o que havia em comum nessas áreas que foram plantadas e viraram floresta, nós aplicamos ao nosso plantio. Estamos esperando que, com o tempo, todas as áreas plantadas virem florestas”, afirma o responsável pela supervisão ambiental do projeto, Marcelo Arreguy Barbosa.
Os plantios estão sendo realizados nas áreas de intervenção da obra, em áreas degradadas dentro dos parques, em áreas indicadas pelas prefeituras e na proteção dos mananciais que abastecem a região metropolitana. Além da bacia dos reservatórios Billings e Guarapiranga, também foram executados plantios no Morro Grande (Sistema Alto Cotia), no sistema Cantareira e no sistema Alto Tietê, todos responsáveis pelo abastecimento da Grande São Paulo.
“A recuperação de áreas degradadas na bacia hidrográfica da região, contribuirá sensivelmente para evitar erosões, ajudando a manter a finalidade de captação de água na região”, diz o gerente de Meio Ambiente da Dersa, Daniel Salati Marcondes.
O Programa de Reflorestamento, que promove o plantio de mudas de espécies nativas, contemplou ainda a criação de viveiros de mudas nos sete municípios impactados pela obra. No total serão preservados, revitalizados ou recuperados mais de cinco mil hectares de áreas verdes, o equivalente a 34 parques do Ibirapuera. Para cada árvore suprimida, foram plantadas cinco.
Embora tivesse autorização das autoridades ambientais competentes para suprimir vegetação em toda a faixa de domínio para a construção do Trecho Sul do Rodoanel, foi retirada apenas a vegetação onde foi construída a pista.
Além disso, foram investidos recursos para criar quatro unidades de conservação no município de São Paulo, totalizando mais de 1.200 hectares de áreas protegidas. O programa inclui ainda a revitalização do Parque do Pedroso (em Santo André), e regularizações fundiárias no Parque Estadual da Serra do Mar e no Parque Estadual Fontes do Ipiranga.Também foram criados os parques Embu e Itapecerica (para preservar as várzeas do Rio Embu Mirim) e Riacho Grande (para preservar as margens do braço do Rio Grande). E tem mais: estão sendo implantados parques lineares, numa faixa de até 300 metros de cada lado da pista, conectando as quatro unidades de conservação.
A implantação das unidades de conservação e dos parques está em fase avançada de execução, com mais de 80% das áreas já desapropriadas. Também está em fase final de implantação, o cercamento e infraestrutura básica, além do plano de manejo desenvolvido pelo Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). As áreas preservadas serão transferidas para as prefeituras dos municípios impactados pela rodovia, que serão responsáveis por sua gestão.
Modelo Verde
Para a implantação do Trecho Sul foi adotado um dos projetos mais avançados do mundo em termos de preservação do meio ambiente. São 26 programas ambientais, voltados para a preservação da flora, da fauna e do patrimônio arqueológico, histórico e cultural, de apoio à proteção e recuperação de mananciais, de monitoramento da qualidade da água, do ar e de ruídos e de atendimento a emergências ambientais durante a construção.
O Trecho Sul do Rodoanel representa um grande ganho não só no transporte e no trânsito, mas também na preservação do meio ambiente nestas importantes áreas de mananciais da região metropolitana de São Paulo.
Da Dersa
