Delegado aborda atuação em crimes cibernéticos em conversa no Centro de Mídias SP

Guilherme Caselli falou sobre o assunto nesta segunda (6) com o secretário-executivo da Educação, Haroldo Corrêa Rocha

ter, 07/07/2020 - 20h21 | Do Portal do Governo

Nesta segunda-feira (6), servidores da rede estadual acompanharam, pelo Centro de Mídias da Educação de São Paulo (CMSP), uma videoconferência sobre crimes cibernéticos com o delegado e professor em cyber crimes Guilherme Caselli e o secretário-executivo da Educação, Haroldo Corrêa Rocha.

Haroldo iniciou a conversa transmissão ao destacar os números do Programa Conviva SP, que apontam que quase 60% dos casos de bullying na rede são cyberbullying, ou seja, cometidos em ambiente virtual.

Durante a conversa, o delegado Guilherme Caselli lembrou o tempo de atuação na Polícia Civil e exemplificou outros casos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em um deles, foram identificados oito administradores de um grupo no Facebook que organizava ataques de injúria raciais a páginas na rede, entre eles, a da atriz Taís Araújo e da cantora Preta Gil.

Conscientização

O profissional também atuou em casos relacionados a Baleia Azul, um “jogo” na internet ligado a casos de suicídio. Para os professores, o delegado sugeriu que, ao serem informados ou identificarem uma situação de bullying na internet, fiquem atentos e trabalhem em um primeiro momento pedagogicamente, investindo na conscientização e na prevenção sobre o tema.

“Eu, como delegado, só devo interceder quando todos os ramos do Direito não servirem mais para sanar aquela dificuldade Acredito acima de tudo que o professor tem a autoridade para mediar essas questões junto com os alunos em sala de aula”, disse Guilherme Caselli.

O delegado alertou que em alguns casos pode haver a progressão criminosa, isto é, quando um indivíduo comete um crime pequeno e a partir deste crime um maior acontece. Para casos em que haja necessidade de um apoio legal, ele lembra que é preciso preservar os materiais (prints) que comprovem o crime virtual (ameaças, injúrias, bullying e racismo, entre outros).

Ele se colocou à disposição para participar de outras formações e ajudar elaborar um material sobre o assunto para a rede estadual. Mais de 6 mil pessoas acompanharam a transmissão. “Muito oportuna essa formação”, “Necessário e importante no momento”, “Muito esclarecedor, ainda mais para a época em que estamos!” e “Assunto extremamente pertinente” foram alguns dos comentários de educadores no chat do CMSP.