Há 25 anos, as mulheres paulistas ganharam um importante reforço na luta contra o abuso e a violência doméstica. Criada em agosto de 1985, a primeira Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) nasceu com a proposta de ser um espaço onde a mulher pudesse encontrar amparo, principalmente na lei. Hoje esse trabalho se estende por outras 129 unidades instaladas em todas as regiões do Estado de São Paulo.
Para comemorar essa data, a Polícia Civil de São Paulo homenageia, nesta quarta-feira, 11, na Academia da Polícia Civil ‘Dr. Coriolano Nogueira Cobra’, as nove delegadas titulares que passaram pela 1ª DDM. Mas não é apenas para prestigiar as colegas e reconhecer o trabalho pioneiro dessas profissionais, que autoridades das Delegacias de Defesa da Mulher de todo o Estado virão para a Capital. Na quinta-feira, 12, uma série de palestras relacionadas ao cotidiano de uma DDM será ministrada para delegadas e funcionárias de DDMs. Entre os temas que serão abordados estão violência de gênero e crimes na internet.
Luta pela conscientização
A primeira delegada a comandar uma DDM foi Rosemary Correia. Seu engajamento na luta feminina contra a violência doméstica não parou quando ela saiu da delegacia. Hoje, ela é a presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina. A atual delegada titular da 1ª DDM, Celi Paulino Carlota, acredita na importância do trabalho que realiza, mas acha que ainda falta conscientização por parte das mulheres. “Precisamos mudar a mentalidade das mulheres; não é suficiente apenas mudar a lei”, assegura.
A lei à qual a delegada se refere é a Lei Maria da Penha, que, em vigor desde agosto de 2006, vem ajudando a coibir a violência doméstica e familiar, além de tornar mais rígida a punição para quem agride uma mulher.
As delegadas que serão homenageadas são Rosemary Corrêa, Maria Clementina de Souza, Izilda Aparecida de Carvalho Ferreira, Maria Buccelli Salgado, Iraci Medeiros Teixeira, Anaraci Aparecida Daher, Maria Teresa Gonçalves Rosa, Aparecida Maria Luíza Mota e Celi Paulino Carlota.
Da Secretaria da Segurança Pública