Defesa Civil de São Paulo comemora 25 anos

Trabalho de prevenção resulta em redução significativa no número de vítimas e desabrigados durante a Operação Verão

sex, 09/02/2001 - 12h17 | Do Portal do Governo

Trabalho de prevenção resulta em redução significativa no número de vítimas e desabrigados durante a Operação Verão

A significativa redução no número de desabrigados e vítimas em enchentes e emergências durante a Operação Verão 2000/2001 é um dos aspectos que a Coordenadoria da Defesa Civil comemora em seus 25 anos de atuação junto aos 645 municípios do Estado de São Paulo. Graças ao trabalho de prevenção que vem sendo realizado periodicamente pelo órgão do Governo Paulista e aos Planos Preventivos e Mapeamentos das Áreas de Risco no Estado, os números caíram drasticamente.
Atualmente, a Defesa Civil contabiliza um pico de 240 desabrigados, 28 feridos e 18 vítimas fatais em 52 municípios atingidos pelas chuvas de verão, contra os 6.409 desabrigados, 115 feridos e 25 vítimas fatais em 48 municípios atingidos no mesmo período do ano passado. ‘A prevenção de catástrofes é a nossa principal meta, apesar de nosso trabalho ter mais vista durante os episódios de socorro, assistência e recuperação das áreas atingidas’, afirma o coordenador da Defesa Civil e secretário chefe da Casa Militar, Cel. PM Olavo Sant’anna Filho.
Os raios e descargas elétricas têm sido a principal causa de mortes no Estado neste verão. Do início do ano até agora, já foram registradas nove vítimas fatais. Para orientar a população e ajudá-la a se proteger do fenômeno, a Defesa Civil disponibilizou a segunda edição de seu Manual do Cidadão, com o tema ‘Raios!!! O que são e o que se deve fazer para evitá-los?’. O manual está disponível pela internet, no endereço www.defesacivil.cmil.sp.gov.br
Em ações mais diretas, de 1995 a 2000, a Defesa Civil investiu R$ 36,2 milhões em 1.223 obras preventivas e de recuperação em 328 municípios. As obras abrangem a construção de casas, abrigos e muros de contenção, incluindo também a reconstrução de pontes, galerias de águas pluviais e poços artesianos.

Covas inclui Defesa Civil em seu plano de governo

“Mário Covas foi o primeiro governador a incluir o tema Defesa Civil em seu programa de governo’, informa o Cel. Sant’anna, lembrando que o governador licenciado, pessoalmente, já participou de diversas ações de socorro do órgão. ‘Nossa rede de voluntariado é muito extensa e só com o trabalho e a parceria dessas pessoas, entidades e ONGs, famosas ou anônimas, é que podemos multiplicar nossos esforços’, completa.
Criada a partir da necessidade de auxílio do Governo do Estado aos municípios e seus habitantes em grandes incidentes, a Defesa Civil é dividida em uma Coordenadoria estadual – CEDEC -, órgão central subordinado diretamente ao Governador do Estado e 15 regionais que atuam na Região Metropolitana e no Interior do Estado.
A Defesa Civil monitora tudo o que acontece nos 645 municípios do Estado por meio de seu Centro de Gerenciamento de Emergência. Sediada no Palácio dos Bandeirantes, a estrutura funciona 24 horas por dia. Cada município é obrigado a manter um órgão estruturado para atender emergências. O Estado só entra em ação quando é decretado estado de calamidade pública ou situação de emergência. Nesses casos, o município reconhece que não possui condições de agir sozinho e solicita a ajuda do órgão estadual ‘que agiliza o atendimento das vítimas para que a situação se normalize o mais rápido possível’, explica a diretora da Divisão de Comunicação Social da Defesa Civil, capitã Eliane Nikoluk.
No evento de comemoração de seu jubileu de prata, a Defesa Civil homenageia com o troféu ‘Destaque 25 anos’ a atuação do menino Jocsã de Araújo Barros, de 9 anos, que em 12 de janeiro de 2000 salvou a irmã recém-nascida e o primo de 5 anos de uma enchente, segurando-os no telhado de sua casa, e a do motorista Edson Francisco de Castro, que no dia 8 de outubro do ano passado controlou sozinho, com seu caminhão-pipa, um incêndio nas imediações das obras do Trecho Oeste do Rodoanel, evitando que o fogo atingisse as residências próximas ao local.

Mapa das Áreas de Risco

A Defesa Civil paulista atua em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Geológico (IG), as Comissões Municipais de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e até as próprias comunidades. Com a ajuda dos parceiros são feitos mapeamentos das áreas de risco e cadastramento da população que ali reside. A partir desses dados, são traçados planos preventivos e de contingência, campanhas educativas e cursos de treinamento para situações de emergência. As regiões mais críticas do Estado são a Grande São Paulo, a Serra do Mar, o Vale do Paraíba e o Vale do Ribeira. Por isso, os trabalhos de contingência são mais concentrados nessas áreas.