DAEE apresenta primeiros resultados do estudo hidrológico dos Rios Atibaia e Jaguari

Governo do Estado está investindo R$ 911,7 mil no trabalho

seg, 29/08/2011 - 20h00 | Do Portal do Governo

O DAEE apresentou os primeiros resultados do estudo hidráulico e hidrológico dos rios Atibaia e Jaguari que está mapeando as áreas inundáveis dos dois rios, com especial atenção à zona urbana de Atibaia. 

O Governo do Estado está investindo R$ 911,7 mil no trabalho, que iniciou em maio e tem por objetivo apontar a melhor solução de engenharia – desassoreamento, canalização, construção de piscinões ou diques ao longo do canal – para controlar as inundações urbanas que acontecem ao longo dos rios Jaguari, Atibaia, Cachoeira e Atibainha (formadores do Atibaia), englobando as cidades de Bom Jesus dos Perdões, Atibaia, Janiru, Itatiba, Paulinia, Bragança Paulista, Morungaba, Pedreira, Jaguariuna e Cosmópolis.

A primeira etapa do estudo analisou detidamente as inundações registradas em 2009 e 2010 em Atibaia. A bacia drena uma área de 648 quilômetros quadrados e o rio tem capacidade para escoar apenas 22,5 metros cúbicos por segundo.

O posto fluviométrico do DAEE localizado em Atibaia mostra que este volume foi superado todos os dias no período de dezembro de 2009 e março de 2010, com o pico de vazão chegando a 95 m³/s no dia 26 de janeiro de 2010; e em 26 dias no período dezembro de 2010 e março 2011, com pico de vazão de 121 m³/s no dia 15 de janeiro de 2011.

Os dados indicam que a ocupação das várzeas do rio Atibaia, a partir da década de 90, foi o fator predominante para as enchentes. O estudo mostra também que a barragem da PCE Atibaia não tem influência sobre o nível do Rio Atibaia no trecho acima da Rodovia Fernão Dias.

Medidas contra enchentes

Os primeiros resultados do estudo destacam como medida urgente, o congelamento da ocupação nas áreas de várzea do rio Atibaia para controle das enchentes na cidade.

O DAEE sugere também algumas medidas para enfrentar o problema. Entre elas, destacam-se a criação de um grande parque linear com área de 9,2 milhões de metros quadrados, para preservar as várzeas do rio Atibaia; alteamento da ponte da Avenida São João, construção de complexo de diques e estações de bombeamento de água das chuvas nos bairros Recreio Estoril, Parque das Nações, Parque dos Coqueiros e Jardim Terceiro Centenário.

O estudo recomenda ainda a limpeza, desassoreamento e ampliação da calha do rio Atibaia, mantendo os meandros, no trecho de 20 quilômetros localizado entre a cidade e a represa da Usina Atibaia para melhorar o escoamento do rio na zona urbana.

Do DAEE