Curso capacita Policiais Ambientais a fiscalizar madeira ilegal

O curso acontece entre os dias 13 e 17 de dezembro. Equipamentos doados pela WWF Brasil permitirão, de forma online, identificar materiais apreendidos

seg, 13/12/2010 - 19h00 | Do Portal do Governo

Entre os dias 13 e 17 de dezembro, policiais ambientais de São Paulo receberão cursos com o propósito de qualificar o trabalho de fiscalização e identificação de madeira. Além de membros da própria Polícia Militar Ambiental – PMA, a capacitação é ministrada pelo Instituto Florestal – IF e pela Coordenadoria de Biodiversidade de Recursos Naturais – CBRN e conta com o apoio para conteúdo da WWF Brasil. O evento ocorre no espaço da Reserva da Biosfera, na sede do IF. “Com esse grupo, o terceiro, chegamos a aproximadamente 250 pessoas qualificadas”, diz o Coronel Milton Nomura, da PMA paulista.

O curso capacitará os policiais, entre outros aspectos, a utilizar os 10 microscópios digitais doados pela WWF Brasil. A tecnologia do equipamento foi desenvolvida por técnicos do IF, adaptando microscópios utilizados para análise da epiderme para diagnosticar tipos de madeira. Como as informações colhidas por esse aparelho podem ser enviadas online, a idéia é que policiais encaminhem via internet os dados para uma central composta por especialistas, que farão análise técnica. Dessa forma, a PM Ambiental poderá saber, quase em tempo real, se a espécie analisada pode ou não ser comercializada, conforme a lei. “O trabalho de fiscalização tem que ser planejado e deve utilizar ferramentas ligadas a tecnologias da informação”, diz Helena Carrascosa, coordenadora de biodiversidade e recursos naturais da SMA. Já Paul Dale, diretor substituto do IF, destacou que o evento é uma forma de “aproximar o trabalho do Instituto com a PM Ambiental”. Além dos microscópios, a WWF Brasil também doou três laptops e 40 lupas.

O curso faz parte do Projeto Estratégico São Paulo Amigo da Amazônia, que visa conter o desmatamento do norte no país a partir de ações no Estado que combatam o consumo de madeira ilegal. “O maior comprador de madeira clandestina de Estados como Pará e Rondônia é o sudeste, então fiscalizar aqui é um meio eficiente para combater a exploração predatória”, diz Mauro Armelin, coordenador do Programa Amazônia, da WWF Brasil.

Da secretaria do Meio Ambiente