Cultura: Série Sintonia Fina apresenta Da Caatinga a Leipzig

Programa exibirá, na TV Cultura, as obras do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, e de Bach, um dos mestres da música erudita

sáb, 10/02/2007 - 13h46 | Do Portal do Governo

A série Sinfonia Fina deste domingo (11/02) viaja Da Caatinga a Leipzig. O programa enfocará a vida e as obras do Rei do Baião (Luiz Gonzaga) e de um dos mestres da musica erudita (Bach). O programa vai ao ar às 20h30, na TV Cultura.

Como nas edições, características individuais e comuns aos dois músicos e compositores serão contadas e musicadas por grupos do Conservatório de Tatuí: Orquestra Sinfônica Paulista, com regência de Adriano Machado e Coral Da Boca Pra Fora, regido por Cadmo Fausto.

Tanto Luiz Gonzaga como Bach nasceram em uma família de músicos e tiveram os primeiros contatos com a música, por meio de seus pais. Os dois, cada um em sua época, foram compositores muito populares.

Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no município de Exu, sertão de Pernambuco, em 1912. Aprendeu a tocar sanfona com seu pai, o sanfoneiro Januário José Santos. Chegou ao Rio de Janeiro em 1939, quando começou a se dedicar exclusivamente à música, tocando em um conjunto que se apresentava nos cafés da zona de prostituição. Em 1941, gravou o seu primeiro disco como solista. A faixa principal foi Dança Mariquinha. A partir de então passou a fazer shows em todo Brasil. Ficou conhecido como o Rei do Baião e influenciou vários compositores da chamada Moderna Música Nordestina, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Raimundo Fagner e outros.

Entre as composições mais famosas do Rei do Baião figuram Asa Branca, Vozes da Seca, A Triste Partida e Juazeiro. Gravou 56 discos e compôs mais de 500 músicas. Foi ele quem levou para o disco os ritmos e as batidas do xote e do baião – conhecidos entre os cantadores de viola do Nordeste. Morreu no Recife em agosto de 1989, depois de passar 41 dias hospitalizado, vítima de osteoporose.

Considerado um dos maiores e mais influentes compositores de todos os tempos, Johann Sebastian Bach marcou a tradição da música barroca. Nasceu em Eisenach, na Alemanha, em 1685, em uma família de músicos profissionais. Começou tocar violino e estudar as notas musicais com seu pai, João Ambrosio. De família protestante, Bach aprendeu as primeiras noções de órgão na igreja. Órfão aos 10 anos, ingressou, cinco anos depois da morte de seus pais, no coral da igreja de São Miguel de Lüneburg, onde pode estudar literatura, teologia, línguas antigas e filosofia.

Entre as características de sua música, encontra-se o domínio de complexos e engenhosos contrapontos – técnica de composição, que teve Bach como seu maior expoente. Foi violinista na corte ducal de Weimar; organista na igreja de São Blásio, em Mühlhausen; compositor da corte do príncipe Leopold von Anhalt, de Cöthen e diretor de música da universidade da igreja de São Tomás, em Leipzig.

Em 1749, perdeu a visão, mas não parou de trabalhar na Arte da fuga, que ficou inacabada com a sua morte, em junho de 1750. Deixou milhares de obras entre cantatas; missas, oratórios, concertos para órgão, para corais, para violino, didáticos e experimentais. Algumas obras de maior destaque são Concertos de Brandenburgo (1721), Paixão segundo São Mateus (1729), Missa em si bemol menor (1733), O cravo bem temperado (1744) e A Arte da Fuga – que ficou incompleta, devido sua morte.

Sinfonia Fina é uma serie especial de programas, gravados no Conservatório de Tatuí e exibidos pela TV Cultura, aos domingos, às 20h30. A direção é de Guga de Oliveira, a coordenação de Barros Freire e a supervisão musical do maestro Antonio Carlos Neves Campos. Realização da Secretaria de Estado da Cultura.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Cultura

(R.A.)