O Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP) apresenta a exposição Volpi e as heranças contemporâneas, em comemoração aos 110 anos de nascimento do pintor. A mostra reúne obras de Alfredo Volpi e trabalhos de artistas da atualidade influenciados por elas, que discutem a construção do espaço, o uso da cor e temáticas ligadas às coisas simples, como brinquedos, vida rural e cultura popular. São 65 telas, distribuídas em quatro salas: Casas, Brincadeiras, Movimento e Síntese.
Na primeira, estão as pinturas de Volpi feitas no interior, principalmente em Mogi das Cruzes, nos anos 30. Estão também Casas de praia e Casas de Itanhaém, produzidas no final dos anos 40 e início dos 50, além de imagens de interiores, como Reunião à mesa e Cadeirinha. Junto, são apresentadas obras de Orlando da Rosa Farya, Regina Silveira, Iran do Espírito Santo, Rochelle Costi, Cildo Meireles, Alzira Fragoso, Ivens Machado e Cristina Rogozinski.
Na sala Brincadeiras, aparecem reunidos trabalhos de Volpi dos anos 50, como Mané Gostoso, Carnaval infantil de Cananéia, Carrinho de sorvete e Pássaro de papelão, e dos artistas contemporâneos Lia Menna Barreto, Leda Catunda, Carlos Bevilaqua, Renata Pedrosa, Sandra Cinto, Luiz Hermano e Marcelo Corrêa. O espaço Movimento foi criado com as obras Barco com bandeirinhas e Pássaros, relacionadas às produções de Sérgio Romagnolo, Iatã Canabrava, Luiz Hermano, Carlos Delfino e Jorge Barrão. Há ainda a sala Síntese, composta pela arte de Volpi que o aproximou do movimento concretista dos anos 50. Estão lá as obras que buscam crescente geometrização e seriação das formas, com fachadas e bandeirinhas. Aparecem ao lado as telas de Marcos Vinícios, Emanuel Nassar, Nelson Leiner, Marcos Coelho Benjamim, Iatã Canabrava e Pazé.
Três núcleos
A mostra integra a série Heranças contemporâneas, realizada há dez anos pela curadora e docente do MAC-USP, Katia Canton. A iniciativa tem a proposta de realizar exposições anuais das obras de artistas referenciais do acervo do museu ao lado de trabalhos de novos talentos que apresentem identidade com elas. Segundo a curadora, a idéia é criar espelhamentos, diálogos entre as obras.
Os educadores do museu montaram, paralelamente à mostra, três núcleos de atividades. Em um deles, Diálogos com Volpi, estão expostas as obras realizadas pelos participantes dos ateliês didáticos do Programa Lazer com arte para a terceira idade e do Ateliê Permanente de Poéticas Visuais. Percurso Visual é o nome da proposta da professora Carmen Aranha, que relaciona arte e pensamento filosófico a partir da obra Fachada de igreja (1953) e outras obras contemporâneas presentes na exposição. Em Aproximações visuais – Volpi e os roteiros de visita ao acervo são apresentados a professores de arte, como material de mediação, vários pôsteres educativos, com imagens e textos de obras do acervo do MAC, além de jogos com reproduções de obras do pintor, como quebra-cabeças, jogos da memória e dominós, para serem utilizados por crianças e jovens que visitam a exposição em frente aos originais.
SERVIÇO
Museu de Arte Contemporânea – USP:
Rua da Reitoria, 160 – Cidade Universitária
De terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas
Sábados e domingos, das 10 às 16 horas
Visitas orientadas para grupos devem ser agendadas pelo tel. (11) 3091-3328
Todas as terças-feiras, às 10h30, um artista da exposição falará ao público
Da Agência Imprensa Oficial
(AM)
