CPTM: Plantas mudam a paisagem de estações

De julho de 2004 até agora, já foram plantadas 321.600 mudas, das quais 116.600 serviram aos projetos da empresa

qua, 06/09/2006 - 16h59 | Do Portal do Governo

Com a chegada da primavera, a partir de 23 de setembro, será possível perceber como a paisagem árida da ferrovia, composta essencialmente por pedras, trilhos e dormentes, se transforma num verdadeiro jardim a céu aberto.

Boa parte das flores e plantas que embeleza as margens das vias e estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) nasce no Viveiro da Lapa, onde hoje são cultivadas cerca de 200 mil mudas, de mais de 100 espécies.

Desde plantas ornamentais de porte médio, como Açaí, areca bambu, sea fortia e biri, passando por mudas de ipê, alecrim, aroeira, jatobá e pau-brasil, tipicamente brasileiras, até espécies de cipós para proteger os muros dos vândalos estão presentes em vários pontos da companhia. Dentre eles, as estações Lapa A e B, Perus, Julio Prestes, Eng° Cardoso, Jaguaré, Santo Amaro, Capuava, Ribeirão Pires, Tatuapé, Brás Cubas, São Miguel Paulista, entre outros.

De julho de 2004 até agora, já foram plantadas 321.600 mudas, das quais 116.600 serviram aos projetos da empresa. Esse arsenal verde é gerado a partir de materiais reciclados, como embalagens de leite longa vida, garrafas PET e jornal, usados na confecção de pequenos vasos, onde os brotos são acomodados. Para aumentar a produção, o Viveiro da Lapa depende da colaboração dos próprios funcionários.

“Até junho deste ano, recebemos um total de 60.736 unidades de embalagens plásticas e caixas de leite”, conta o eng° agrônomo da CPTM, Fabio Barreto, que atua na manutenção de vias e lidera a equipe que cuida do viveiro. Outro recurso bastante utilizado é o jornal, que já serviu para acomodar 112.874 mudas. “Necessitamos da doação desse tipo de material, pois sem isso, o viveiro não sobrevive”, apela o engenheiro.

Mil e uma utilidades

Algumas espécies como a agave azul servem para combater a evasão de renda. Já o malvavisco, plantado rente aos muros, esconde as pichações e evita futuras depredações, pois bloqueia o acesso do vândalo. “O muro é como se fosse um painel para o pichador pintar, quando plantamos ali, isso acaba”, explica Barreto.

Outra cepa interessante é a trapueraba roxa, que dá flor o ano inteiro e cuja característica principal é filtrar a poluição do ar. Segundo Barreto, existe um projeto-piloto na cidade para plantá-las em vários pontos, uma vez que funcionam como filtro natural. Na Lapa A está sendo plantado, numa área de 30m2, rente ao muro a yuca, que por ter espinhos, ajuda a coibir a evasão de renda.

Assessoria de imprensa da CPTM

C.A.