CPTM já contratou mais de 15 mil trabalhadores do Programa Frente de Trabalho

Bolsistas são contratados pela Secretaria do Emprego e recebem bolsa auxílio de R$ 210, seguro de vida, cesta básica e auxílio transporte

sáb, 15/07/2006 - 12h30 | Do Portal do Governo

Um dos grandes desafios do País e uma preocupação constante da população é o alto índice de desemprego. Todos os dias milhares de pessoas disputam as poucas vagas oferecidas no mercado de trabalho.

Para amenizar esse problema, o Governo do Estado de São Paulo criou em 1999, o Programa Frente de Trabalho, administrado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), que está atendendo atualmente 23.302 bolsistas com o objetivo de reintegrar o trabalhador desempregado. Desde sua criação já foram atendidos mais de 280 mil bolsistas na Região Metropolitana de São Paulo.

E uma das grandes parceiras desse projeto é a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que montou nesse mês de julho uma mega-operação de limpeza realizada por cerca de 150 bolsistas recrutados da Frente de Trabalho. Eles estão trabalhando no trecho entre as estações Luz e Barra funda, na Linha A (Luz Francisco Morato) e Júlio Prestes e Barra funda, na Linha B (Júlio Prestes Itapevi), na região central da cidade.

Pioneira na adesão ao programa a CPTM já contou com a participação de 15.877 bolsistas desde 1999. São desempregados que tiveram a oportunidade de desenvolver uma atividade remunerada, além de se qualificar profissionalmente.

Este ano a empresa já contratou 744 pessoas que trabalham quatro vezes por semana (seis horas diárias) em diferentes funções: limpeza de faixa de domínio ferroviário, recuperação e desobstrução dos sistemas de drenagem, construção de muros, recolhimento de lixo reciclável, substituição e empilhamento de dormentes, recuperação de equipamentos e de instalações de campo dos sistemas de sinalização, telecomunicação e de energia, reforma das edificações nas estações e capina química manual. Também auxiliam no atendimento aos passageiros e no programa Usuário do Amanhã.

Desempregado desde 1989, o pintor, José Silva, pediu à filha que o inscrevesse no programa e nem imaginava ser chamado tão rapidamente. Agora, ele espera que a sua temporada na Frente de Trabalho seja bastante produtiva e promissora. “O dinheiro que vou ganhar aqui será suficiente para colocar as dívidas em dia, mas o importante mesmo é continuar trabalhando para manter a mente ativa”, ressalta.

Eles também freqüentam instituições designadas pela Sert, para receber orientações relacionadas à cidadania e cursos profissionalizantes como: eletricista, pintor, pedreiro, cabeleireiro, manicura, pedicura, porteiro e vigilante, entre outros. A proposta é integrar e profissionalizar os trabalhadores para uma nova perspectiva, ao término do contrato.

Já a doméstica, Dioney Marques Pires, esperou quatro anos pelo telegrama da Sert. Nesse período, trabalhou com a reciclagem de materiais (papelão, vidro e latas de alumínio). Segundo ela, para quem não tem um padrão de vida alto, o benefício oferecido é bom. “Quanto aos cursos profissionalizantes, eu anseio por fazer culinária, pois pretendo me tornar uma ótima cozinheira”.

Os convocados ficam nove meses na companhia, recebendo da SERT bolsa-auxílio de R$ 210, seguro de vida (em caso de acidente de trabalho), cesta básica (R$ 46,64) e auxílio-transporte de R$ 80 (caso resida em distância superior a 3,5 km do local de trabalho).

Também recebem, da CPTM, auxílio-refeição (R$ 4), o embarque franqueado na estação mais próxima do local onde atue, alem de uniformes e equipamentos de segurança (EPIs) para o desenvolvimento das atividades.

Para fazer parte do programa, o trabalhador deverá estar desempregado há, no mínimo, 12 meses, ser maior de 17 anos e residir há, pelo menos, 2 anos no Estado de São Paulo. A secretaria ainda disponibiliza seguro de acidentes pessoais no valor de R$ 5 mil.

Carlos Prado