CPTM inicia revisão e modernização de trens da série 2.100

Composições operam nas linhas 9–Esmeralda (Osasco-Grajaú) e na linha 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra)

seg, 23/06/2008 - 16h43 | Do Portal do Governo

Os dois primeiros trens da série 2.100 iniciaram processo de revisão geral no abrigo de Roosevelt, próximo à estação Brás. Eles dão a partida para os trabalhos nas 24 composições, que complementarão a frota de 24 trens reformados nos últimos 5 anos. Em operação desde 1998, atualmente a série 2100 opera nas linhas 9–Esmeralda (Osasco-Grajaú, antiga linha C) e na linha 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra, antiga linha D).

As revisões são minuciosas checagens, onde o trem é inteiramente desmontado e suas partes são remetidas para áreas específicas – mecânica, elétrica, pneumática, caldeiraria – para análise e, se necessário, substituição de componentes defeituosos ou que não atendam as especificações necessárias estabelecidas pela Companhia. Os trabalhos sã coordenados pelo GOR (Gerência de Manutenção de Material Rodante).

Esta revisão é realizada a cada 960.000km. Nela, as composições irão passar por reforma estrutural completa, incluindo melhorias técnico-operacionais, dentre as quais destacam-se: recuperação da identidade visual do trem, com pinturas interna e externa, com tinta antivandalismo, para impedir ação de pichadores; substituição de todas as janelas, piso e dos bancos que foram vandalizados; modernização e melhoria dos sistemas de frenagem e tração; substituição das chaparias laterais, recuperando assim a parte externa.

Na parte mecânica, os motores de tração e truques serão retirados e enviados para empresas, sempre homologados pela CPTM, especializadas na manutenção desse tipo de equipamento, para revisão e correções que se fizerem necessárias, além da substituição de todas as rodas.

Na parte pneumática, além da modernização do sistema de frenagem, serão instalados um novo compressor de ar e uma nova unidade secadora, que darão efetiva qualidade ao ar que alimenta os sistemas de freio e suspensão, assegurando maior vida útil aos equipamentos e oferecendo mais conforto e segurança ao usuário na hora em que o trem parte ou freia.

Na parte elétrica, as caixarias e fios serão retirados dos trens e passarão por detalhada revisão, incluindo vistoria e testes. Componentes eletrônicos, como relés, disjuntores e cartões, serão revisados e os que não atenderem as especificações serão substituídos. Também haverá troca sistemática das baterias dos trens.

Outra importante mudança foi a inclusão de diversos itens de acessibilidade. As portas do trem, que já contam, de fabricação, com sistema mecânico de travamento, ganharão também um sistema de comunicação por áudio com o maquinista e abertura emergencial de portas. Agora, haverá também avisos sonoro e luminoso de fechamento das portas.

O sistema de comunicação sonora emitirá avisos de chegada e partida à estação e também serão instaladas placas em Braille para auxílio a deficientes visuais. Serão adequadas, no interior dos carros, áreas para cadeirantes, devidamente identificadas e adequadas. Outra implementação que merece destaque é a instalação de um display, ou painel luminoso, dentro dos carros, que emitirá anúncios institucionais escritos, reforçando as mensagens sonoras.

Segurança também está incluída na modernização da série 2100: serão instaladas câmeras de vídeovigilância, cujas imagens serão transmitidas em tempo real para o CCO [Centro de Controle Operacional], às áreas de segurança e ao próprio maquinista, facilitando assim a fiscalização e ações de contenção, quando estas se fizerem necessárias.

Todos os itens de melhorias técnico-operacionais e de acessibilidade também serão implantados nos outros 24 trens que compõem a frota 2100.

Somado às 24 composições já revisadas, serão 48 trens reformados e revisados entregues para operação na Linha 10-Turquesa. Como o prazo de entrega máximo das composições é de 48 meses, até 2011, a frota recuperada e revitalizada deverá estar por completo em circulação. Com isso, o programa de revisão se integra ao Plano de Expansão da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, que intenta transformar mais de 160 km, dos 260 km de linhas da CPTM, em metrô de superfície.

Da CPTM

C.C.