CPTM: Aparelho detecta pontos de aquecimento

O superaquecimento é uma das principais causas das panes nos sistemas de alimentação elétrica dos trens

qua, 29/03/2006 - 17h49 | Do Portal do Governo

Um dos equipamentos adquiridos pela CPTM é o termovisor, que tem a função de detectar, por meio de raios infravermelhos, o superaquecimento dos componentes ou sistemas que utilizam e transmitem energia elétrica. Esses pontos de aquecimento podem ser provocados por mau contato em componentes e conexões. O superaquecimento é uma das principais causas das panes nos sistemas de alimentação elétrica dos trens.

Durante inspeção realizada em fevereiro, uma equipe de manutenção percorreu a Linha A com o aparelho e identificou superaquecimento no interior de um fusível de 1,8 metro de altura, responsável pela alimentação de um dos dois transformadores da subestação Tietê.

Durval Finotto, supervisor de manutenção, afirma que “se não tivéssemos o equipamento, só iríamos descobrir o problema quando o componente estivesse estourado. Esse tipo de defeito poderia comprometer 50% da capacidade da subestação. Dependendo do horário, acarretaria multas altíssimas por sobrecarga elétrica, conforme as regras do Mercado Livre de Energia”. O equipamento apontou, também, outros 12 pontos com aquecimento acima do normal e da gravidade variada. Antes da aquisição do aparelho, avaliado em R$ 230 mil, a empresa gastou R$ 124 mil com contrato de 14 meses para a realização de serviços especializados de inspeções com o equipamento.

Para a verificação, basta selecionar a temperatura com a qual se deseja trabalhar (de 40º C a 500º C). A partir daí, o técnico direciona o equipamento para o ponto desejado e, por meio de uma escala de cores, os pontos de aquecimento são identificados com tons que variam do vermelho ao amarelo “incandescente”.

Novas aquisições

O veículo Rede Aérea é uma das mais novas aquisições. Fabricado na Europa pelo Grupo Geismar, o equipamento – um dos mais modernos do gênero no sistema metroferroviário – será usado na inspeção e na manutenção de rede aérea das seis linhas operacionais, e no socorro à frota de trens de passageiros e locomotivas. Para a aquisição do aparelho foram investidos R$ 4,7 milhões. O veículo utiliza a autopropulsão, que garante autonomia para se movimentar rapidamente em qualquer ponto das linhas do sistema, dispensando o uso de locomotiva para reboque.

O motor é dotado de catalisador e atende à norma Euro III e todas as recomendações das futuras exigências do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) relativas à emissão de poluentes. Os níveis de ruído e poluição desse motor são baixíssimos. O sistema tem no-break, que permite seu funcionamento ininterrupto. Por questões de segurança do trabalho, todas as partes sujeitas a contato físico pelos funcionários são de cores claras e galvanizadas, o que também as preserva da ferrugem.

Assessoria de imprensa da CPTM

C.A.