COVID-19: Moradores do Conjunto Residencial da USP coletam amostras para diagnóstico

Iniciativa é resultado da parceria com Plataforma Científica Pasteur-USP e deverá promover testes no período de isolamento

qua, 22/04/2020 - 10h29 | Do Portal do Governo
DownloadDivulgação/Cecília Bastos/USP Imagens

A Universidade de São Paulo realizou, nesta segunda-feira (20), a primeira etapa da coleta de amostras para o diagnóstico da doença COVID-19 (causada pelo novo coronavírus) entre os moradores do Conjunto Residencial da USP (Crusp).

A iniciativa foi promovida pela Superintendência de Assistência Social (SAS), em parceria com a Plataforma Científica Pasteur-USP, e é uma das ações adotadas pela SAS para oferecer aos moradores as condições necessárias de saúde, alimentação e higiene durante o período de isolamento social decorrente da pandemia causada pelo vírus.

Nesta primeira fase, mais de 100 moradores foram testados e a previsão é de que, até 29 de abril, o processo seja concluído com o atendimento de todas as pessoas que estão no Crusp durante o período de isolamento. Ainda não há previsão de quando os resultados serão divulgados.

“O Crusp, formado por oito blocos de apartamentos e alojamentos, configura uma comunidade em si. A estratégia de testagem dos membros de uma comunidade tem sido usada com sucesso em muitos países, pois possibilita a adoção de medidas efetivas e apropriadas aos indivíduos com diagnóstico positivo, bem como às pessoas do seu entorno social. A testagem também é importante por permitir acompanhar a evolução dos sintomas, protegendo o portador do vírus com as medidas de saúde apropriadas”, considera o superintendente da SAS, Gerson Yukio Tomanari, ao Jornal da USP.

Testagem

As amostras estão sendo coletadas pelos pesquisadores e alunos de pós-graduação que atuam na Plataforma Pasteur-USP, por meio de swabs naso e orofaríngeo, com a supervisão da coordenadora da Plataforma, Paola Minoprio, e o auxílio de enfermeiros cedidos pelo Hospital Universitário (HU).

No caso de pessoas possivelmente sintomáticas, uma amostra de sangue também é coletada. “A prevenção da comunidade do Crusp é o nosso objetivo. O sucesso da ação depende desses dados”, acrescenta o superintendente.

“O saldo desta primeira etapa foi muito positivo e confirma o papel importante que a Plataforma assumiu para a USP”, salienta o coordenador da plataforma e diretor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), Luis Carlos Ferreira, ao Jornal da USP. Segundo o gestor, a ideia é expandir a ação de testagem para outros setores da universidade, como a Guarda Universitária.

Plataforma

Inaugurada em julho de 2019, no Centro de Inovação e Pesquisa da USP (Inova USP), a Plataforma Científica Pasteur-USP foi planejada para atuar justamente como uma “célula de intervenção rápida” contra vírus, bactérias e outros agentes infecciosos emergentes que representem uma ameaça à saúde pública.

A ação integra uma grande rede de laboratórios da USP, com infraestrutura e expertise mobilizadas em caráter emergencial para dar suporte ao poder público na realização de exames moleculares do novo coronavírus — a Rede USP para o Diagnóstico da COVID-19 (Rudic), com cinco núcleos de testagem espalhados pela capital e interior do Estado.