Covas vistoria obras na região metropolitana e no Interior

Governador percorreu 640 quilômetros pelo ar e 60 por terra. Roteiro de oito horas incluiu 14 obras viárias e o Poupatempo Itaquera

sex, 03/11/2000 - 18h26 | Do Portal do Governo

Governador percorreu 640 quilômetros pelo ar e 60 por terra. Roteiro de oito horas incluiu 14 obras viárias e o Poupatempo Itaquera

Sem anunciar um roteiro prévio, o governador Mário Covas dedicou esta sexta-feira, dia 3, à vistoria de obras. Covas inspecionou obras de toda a extensão Oeste do Rodoanel e da Rodovia dos Bandeirantes. Acompanhado pelos secretários dos Transportes, Michael Zeitlin, e da Comunicação, Osvaldo Martins, também sobrevoou a rodovia D. Pedro I, onde está sendo construída uma terceira pista, a rodovia Fernão Dias e visitou outras obras no entorno de São José dos Campos. Esteve também no Poupatempo da Zona Leste, no bairro Itaquera, na Capital.

O governador saiu do Palácio dos Bandeirantes às 10 horas da manhã e seguiu para o trecho do Rodoanel que faz a ligação entre as rodovias Régis Bittencourt e Raposo Tavares. Covas passou pela primeira vez sob túnel nº 1, com 470 metros de perfuração sob o bairro Vista Alegre. Em dezembro será vazado o túnel paralelo a esse.

Em conversa com os empreiteiros da Queirós Galvão e Constran, responsáveis por esse trecho da obra, o governador soube que eles pretendem concluir a ligação entre as duas rodovias em maio de 2001. Os prazos fixados pelos empreiteiros para a conclusão total do trecho Oeste do Rodoanel é outubro do ano que vem. Bem humorados, eles resolveram propor uma aposta ao governador: querem uma gravata se conseguirem cumprir o prazo acordado. Sem confiar muito na promessa, Covas devolveu o desafio, apostando um armário cheio de gravatas.

Na Raposo Tavares, o governador observou as pilastras dos quatro vãos de viadutos que se sobrepõem à rodovia e que já começarão a receber as vigas de sustentação das pistas na semana que vem. Para garantir a segurança da operação, o serviço será feito no período noturno e o tráfego no trecho da rodovia será desviado. O investimento nesse trecho do Rodoanel é de R$ 200 milhões, incluindo as desapropriações.

Em seguida, Covas esteve no trecho que liga as rodovias Raposo Tavares – Castelo Branco, onde vistoriou as obras do complexo do Rodoanel, como os dois piscinões do bairro Padroeira, no município de Carapicuíba. As obras de contenção de enchentes beneficiam as imediações do ribeirão Carapicuíba, que terá um trecho de quatro quilômetros canalizado. O piscinão Padroeira tem capacidade de 250 mil metros cúbicos de água e o dos Metalúrgicos, o dobro.

O último lote do Trecho Oeste (o lote 6) também foi inspecionado por Covas, que percorreu os 5,4 quilômetros da ligação da rodovia dos Bandeirantes com a avenida Raimundo Pereira Guimarães. Além disso, o governador sobrevoou as obras das marginais da Castello Branco.

Com 32 quilômetros de extensão, o Trecho Oeste do Rodoanel terá duas pistas, com quatro faixas de rolamento cada uma, mais acostamento. O traçado inclui 14 viadutos, quatro pontes, dois piscinões e três túneis. O primeiro deles entre Cotia e Embu, próximo à Régis Bittencourt; o segundo em Barueri, entre Alphaville e Tamboré; e o terceiro em São Paulo, na via Anhanguera, próximo à Fazenda Ithayê.

Essa etapa vai interligar cinco das 10 principais rodovias que chegam a São Paulo (Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhanguera e Bandeirantes). Juntas, essas estradas absorvem 44,2% dos veículos que entram e saem da Região Metropolitana, representando cerca de 250 mil carros, dos quais 73 mil são caminhões pesados. O trecho também responde por 47,8% da carga circulante na Região Metropolitana de São Paulo, o equivalente a 243,5 milhões de toneladas por ano. Além disso, a obra vai ligar dois eixos ferroviários com linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Com tudo isso, a obra beneficiará não só a Capital, mas também os municípios de Embu, Cotia, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Santana do Parnaíba.

A ligação entre as rodovias Régis Bittencourt e Raposo Tavares, com sete quilômetros de extensão, além da junção das vias Anhangüera e Bandeirantes com a Estrada Velha de Campinas, num percurso de oito quilômetros, deve ser entregue em maio de 2001. Para isso, foram investidos até meados deste mês de setembro, R$ 324 milhões dos R$ 800 milhões estimados que a obra civil do Trecho Oeste exigirá, incluindo gastos com projetos, desapropriações, estudos ambientais e reassentamento de famílias.

Além do Viaduto da Estrada Velha de Cotia, em Osasco, e das alças de retorno à Rodovia Raposo Tavares, já foram concluídas as obras da Coletora Sul, com 830 metros, e parte da canalização do Córrego Carapicuíba – que elimina as freqüentes enchentes no local, melhorando a qualidade de vida dos moradores da região Oeste da Capital.

Do montante aplicado, o Governo do Estado já destinou R$ 246 milhões. A União, que é parceira no projeto com participação de 25% dos recursos, investiu R$ 78 milhões. Até agora, embora tenha se comprometido com investimentos de outros 25% do total da obra, a Prefeitura de São Paulo ainda não empenhou um único centavo. A construção completa do Rodoanel, dividida em quatro etapas (Oeste, Norte, Sul e Leste), vai consumir R$ 3,2 bilhões.

Com o objetivo de informar a população sobre a importante obra que está sendo realizada pelo Governo do Estado, foi criado o Espaço Rodoanel, que esclarece todas as dúvidas quanto aos benefícios, trajeto, impacto sócio-econômico e ambiental para São Paulo e para o País. Os telefones do Espaço Rodoanel são (11) 3782-7853 ou (11) 3847-2356. O endereço do Rodoanel na internet é www.rodoanel.com.br

Obras viárias no Interior

Depois de sobrevoar o Trecho Oeste do Rodoanel e descer em três diferentes pontos da obra, o governador inspecionou os 40 quilômetros das obras de extensão da Rodovia Bandeirantes entre os municípios de Campinas e Santa Bárbara do Oeste.

Para garantir a conservação da pista no período de chuvas, o trecho já foi compactado e coberto por uma camada de piche. A extensão da Bandeirantes – realizada pela concessionária Autoban, que deve concluir esse trecho até o fim de 2001 – terá 78 quilômetros e ultrapassará a cidade de Limeira, chegando até Cordeirópolis. Fará ainda as ligações com as rodovias Washington Luis e Anhanguera. Esses trechos foram incluídos no sobrevôo que o governador fez na região.

O governador também sobrevoou a rodovia D. Pedro, entre a via Anhanguera e o trevo de Souzas, num trecho de 17 quilômetros onde está sendo construída uma terceira pista. A inspeção aérea incluiu a parte sul do anel viário Magalhães Teixeira, em Campinas, no trecho que liga a D. Pedro à Via Anhanguera, chegando até ao trevo de Valinhos. O sobrevôo prosseguiu pela rodovia Fernão Dias até a ligação com a D. Pedro I. Ainda de helicóptero, vistoriou as obras de ligação entre a D. Pedro I e a Carvalho Pinto, que estão sob a responsabilidade da Dersa. O Governo do Estado está investindo R$ 35 milhões nesse trecho de 4,5 quilômetros. Outros R$ 49 milhões estão sendo aplicados no trevo da Carvalho Pinto.

Covas esteve ainda em São José dos Campos, onde vistoriou um trecho onde estão sendo realizadas obras de extensão do Anel Viário, uma ligação urbana de 10 quilômetros, com duas pistas e três faixas, entre a via Dutra e a Rodovia dos Tamoios. A obra também está sendo executada pela Dersa a um custo de R$ 25 milhões.

Poupatempo Itaquera

Finalizando suas visitas de inspeção, o governador voltou à Capital e esteve no Poupatempo Leste, que está praticamente pronto e deve ser inaugurado ainda este mês. Instalado atrás da estação do Metrô Itaquera, no coração da Zona Leste, o Poupatempo já iniciou sua operação experimental para treinamento dos 600 funcionários. A nova unidade vai oferecer em seus 10.500 metros quadrados de área, 300 serviços de 30 órgãos públicos estaduais e terá capacidade para atender cerca de 15 mil pessoas por dia. Só nas obras civis, o Governo paulista investiu R$ 10 milhões.

Cíntia Cury

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