Covas vistoria obras de duplicação da Imigrantes

Governador percorreu trecho escavado do maior túnel já construído no País

ter, 19/09/2000 - 17h55 | Do Portal do Governo


Governador percorreu trecho escavado
do maior túnel já construído no País

O governador Mário Covas vistoriou nesta terça-feira, dia 19, as obras de duplicação da Rodovia dos Imigrantes, executadas pela concessionária Ecovias – que administra o Sistema Anchieta/Imigrantes. Acompanhado pelo secretário dos Transportes, Michael Paul Zeitlin, Covas percorreu por mais de uma hora os trechos da obra na Serra do Mar, incluindo os 10% já escavados do túnel TD1, considerado o maior do País, com 3.140 metros de extensão. De acordo com o presidente da Ecovias, Irineu Meireles, a entrega da obra está prevista para dezembro de 2002. Uma antecipação do cronograma original, cuja previsão de término era para maio de 2003.
O governador avaliou que os trabalhos estão bem estruturados e adiantados. “Não sei se a duplicação ficará pronta até o fim do meu Governo, já que se trata de uma obra sujeita a variações, como abertura de túneis nos trechos de serra”, observou.
Considerada uma das maiores obras de engenharia rodoviária em curso no País, a duplicação da Imigrantes foi iniciada em setembro de 1998. O primeiro trecho da pista descendente, com quatro quilômetros de extensão, foi entregue ao tráfego no dia 3 de setembro de 1999, três meses antes do prazo previsto, e permitiu diminuir em dez minutos o tempo de inversão de mãos das pistas no trecho da Serra. A conclusão total das obras vai aumentar a capacidade da rodovia dos atuais oito mil para 14 mil veículos por hora.
Além do túnel TD1, a segunda pista da Imigrantes terá dois túneis, com extensão de 2.095 metros e 3.005 metros, respectivamente. Ao todo, serão 21 quilômetros de estrada em plena Serra do Mar, vencendo um desnível de 730 metros. A obra ainda compreende 11 quilômetros de viadutos (nove deles em trecho de Serra e três já na Baixada Santista), e mais quatro quilômetros de estrada no planalto, que já estão concluídos e são utilizados durante a operação 5 x 2 (quando a Imigrantes tem mão de direção para a Baixada Santista).
Atualmente, duas mil pessoas trabalham 24 horas por dia em 50 frentes de trabalho. A maioria dos trabalhadores (60%) são da Baixada Santista. Todos os trechos da obra estão em andamento: Planalto, Serra e Baixada. Segundo a Ecovias, 20% das obras estão prontas. Além do trecho inicial do Planalto, já estão concluídos alguns pilares de sustentação dos viadutos para as alças de acesso da nova pista às rodovias litorâneas Cônego Domênico Rangoni (ex-Piaçaguera-Guarujá) e Padre Manoel da Nóbrega (ex-Pedro Taques).
A obra vai exigir investimentos de R$ 700 milhões. Segundo o presidente da Ecovias, a captação dos recursos está sendo feita por meio de três fontes: pedágios, capital dos acionistas da empresa e empréstimos internacionais. Meireles descartou a hipótese de implantação de novos pedágios no sistema com a entrega da duplicação da Imigrantes.
A concessionária, informou Meireles, já investiu R$ 440 milhões no Sistema Anchieta-Imigrantes em dois anos de concessão, incluindo as obras da segunda pista da Imigrantes, a manutenção de todo o sistema e obras em outros trechos.

Maior segurança e tecnologia

O executivo da Ecovias informou que até o fim deste ano, serão instaladas 48 câmeras de vídeo ao longo de todo Sistema Anchieta-Imigrantes. A medida faz parte do novo Centro de Controle Operacional, que também vai dispor de painéis de mensagens variadas, sensores de velocidade e de monóxido de carbono, instalados por meio de cabos de fibra ótica. Para Meireles, as câmeras de vídeo também coibirão a incidência de assaltos nas rodovias.
Os usuários do Sistema Anchieta/Imigrantes também deverão ter à disposição, até o fim do ano, o “Pedágio Sem Parar”, que é um sistema de pagamento eletrônico da tarifa. Por meio de uma etiqueta eletrônica afixada no vidro do carro, o usuário poderá transitar em todas as praças de pedágios das rodovias estaduais, concedidas ou não, e efetuar o pagamento posteriormente através de sistema bancário ou débito em conta corrente.

Valéria Cintra/Gislene Lima