Covas reúne-se com Banco Mundial

Financiamento da Linha 4 do Metrô (Paulista-Vila Sônia) só depende de aprovação da Cofiex, órgão da União que avalia créditos externos

sex, 07/04/2000 - 11h05 | Do Portal do Governo


O vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina, David de Ferranti, esteve reunido na tarde desta quinta-feira, dia 6, com o governador Mário Covas e parte do secretariado paulista. O encontro abordou as três obras
em curso realizadas pelo Governo Estadual que contam com US$ 219 milhões em empréstimos do Bird. Mas a reunião também serviu para detalhar o projeto da quarta linha do Mêtro (Paulista-Vila Sônia), que prevê financiamento de US$ 338 milhões do Banco Mundial.
“Esse projeto está pendente para aprovação da Cofiex (Comissão de Financiamento de Empréstimos Externos), órgão responsável pela avaliação dos empréstimos externos”, explicou Covas, acrescentando que o projeto também está passando por uma modelagem financeira. A quarta linha do Metrô, orçada em US$ 1,89 bilhão, prevê outros US$ 338 milhões em empréstimos do Jbic (Japan Bank for International Corporation), US$ 326,6 milhões do BNDES, US$ 150,4 milhões do Tesouro Estadual, além de US$ 739 milhões em investimentos da iniciativa privada.
Outro projeto em negociação com o Bird é o do setor de águas, com o valor total é de US$ 660 milhões, metade originado da Sabesp e os outros 50% da instituição financeira internacional. No entanto, o Banco Mundial reivindica a participação do setor privado no projeto. “Estamos estudando como desenvolver isso”, disse Covas.
Ferranti também se inteirou do projeto piloto de gerenciamento sustentável dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo, que foi apresentando informalmente ao Bird em novembro passado. Orçado em US$ 302,7 milhões, o plano está na fase de “elaboração de carta consulta à Cofiex”, etapa que antecede a da aprovação final do órgão para obtenção de empréstimos externos. O projeto prevê créditos de US$ 149,7 milhões do Bird, investimentos de US$ 21,8 milhões do Tesouro Estadual, US$ 45,4 milhões do Feidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), além de outros US$ 85,8 milhões por parte das 40 prefeituras envolvidas.
Covas conversou com o representante do Bird sobre a lei de cobrança de uso da água, em tramitação na Assembléia Legislativa e cujo modelo segue o praticado em outros países: cobrança proporcional ao impacto poluente.
“Tive a oportunidade de visitar as obras do Guarapiranga e fiquei muito impressionado com o que vi”, observou Ferranti. Para ele, os resultados obtidos pelo Governo paulista com os empréstimos do Banco Mundial foram significativos e muito importantes. “Estamos torcendo para continuar nossa colaboração com o Estado de São Paulo”, disse.

Obras em execução

O governador também fez um balanço das obras em fase de conclusão, que tiveram financiamento do Banco Mundial. Uma delas é o Programa de Saneamento Ambiental da Bacia do Guarapiranga, orçado em US$ 335,1 milhões, dos quais US$ 119 milhões foram financiados pelo Bird. Desse montante resta apenas o repasse de US$ 6,5 milhões à Sabesp. O projeto, iniciado em 1992, deverá estar concluído em dezembro próximo. A obra também teve investimentos de US$ 81,3 milhões do Tesouro Estadual, US$ 51,8 milhões da Sabesp e US$ 83 milhões da Prefeitura de São Paulo.
Já o Projeto Integrado de Transporte Urbano (Pitu), iniciado em março deste ano, que vai ligar a Estação Barra Funda à periferia da cidade, terá US$ 45 milhões investidos pelo Bird e US$ 50,1 milhões do Tesouro Estadual.
O Banco Mundial está financiando ainda, com US$ 55 milhões, o Programa de Microbacias, que neste ano deve atingir 200 microbacias. Fundamental para a agricultura irrigada, e portanto para a ampliação da produção, o Programa prevê, no total, a instalação de 1.500 microbacias, com a contrapartida de US$ 69 milhões do Governo paulista.