A Corregedoria Geral da Polícia Civil vai ouvir, pela primeira vez, a população em uma audiência pública, nesta quinta-feira, 26, na cidade de Assis, a 448 quilômetros da Capital. A audiência acontecerá na Câmara Municipal e a delegada corregedora geral da Polícia Civil, Maria Inês Trefiglio Valente, receberá sugestões, elogios e críticas de toda a população ao desempenho da Polícia Civil.
Localizado no sudoeste paulista e com cerca de 100 mil habitantes, o município de Assis conta com uma Delegacia Seccional de Polícia, quatro Distritos Policiais e três delegacias especializadas (Delegacia de Investigações Gerais, Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes e Delegacia de Defesa da Mulher), além de uma Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran).
Novo padrão
A audiência pública faz parte da primeira correição ordinária realizada pela Corregedoria Geral no Estado. A delegada corregedora geral e mais uma equipe formada por cinco delegados assistentes, quatro escrivães e seis investigadores estarão no 1º Distrito Policial da cidade para analisar a rotina diária da unidade policial, como números e andamentos de inquéritos, veículos, armas e outros objetos apreendidos pela polícia, número de funcionários e viaturas, as condições físicas das instalações e os meios de comunicação do distrito, entre outras averiguações. O 1º DP abrange a região central e mais 13 bairros de Assis. No período da tarde, a equipe ouvirá a população em audiência pública.
Ao final dos trabalhos, a corregedora fará uma ata com todas as informações colhidas na delegacia e na audiência pública, e a encaminhará para o secretário da Segurança Pública e para o delegado geral da Polícia Civil. Se, durante a permanência da correição, os policiais encontrarem alguma irregularidade, a própria Corregedoria Geral irá instaurar, de imediato, um procedimento de apuração.
O novo padrão de correição foi estabelecido pela Resolução SSP-107, assinada pelo secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, e publicada no Diário Oficial no dia 7 de julho. Desde então, as correições – inspeções periódicas feitas nas delegacias, divisões e departamentos – devem contar com audiências públicas para o recebimento de reclamações e sugestões da população.
A decisão também fixou um mínimo de 12 correições ordinárias por ano, em qualquer unidade policial, realizadas pela Corregedoria, sem prejuízo das correições feitas pelos superiores hierárquicos.
População ajuda
Para o delegado Denis Castro, assistente da delegada corregedora, e que também participa dos trabalhos, além de ser mais um meio de fiscalizar, a correição também pode aproximar a Corregedoria Geral da população. Principalmente no interior, onde muitas vezes as pessoas nem sabem que existe um órgão da Secretaria de Segurança que fiscaliza a própria Polícia Civil. “A correição é um canal aberto e serve como um meio de controle social, na medida em que a população participa das audiências públicas, dando opiniões e sugestões”, diz o delegado.
Da Secretaria da Segurança Pública
