Corpo de Bombeiros realiza cerimônia no centro da capital, em comemoração aos 130 anos da corporação
Evento contou com simulação de incêndio e salvamentos
Atualmente, são 21 Grupamentos de Bombeiros em SP: 4 na Capital, 3 na Grande São Paulo, 13 no interior e 1 no litoral, exclusivo para Salvamento Marítimo
Corporação recebeu, do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, um investimento de R$ 6,7 milhões em viaturas e equipamentos
Cel. Luiz Humberto Navarro, comandante do Corpo de Bombeiros; secretário Ferreira Pinto (Segurança Pública) e Cel. Álvaro Batista Camilo, comandante-geral da PM
O Corpo de Bombeiros comemorou o seu 130º aniversário nesta quarta-feira, 10. Como presente e em razão da crescente demanda, a corporação recebeu, do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, um investimento de R$ 6,7 milhões em viaturas e equipamentos. Parte do material entregue foi exposto na Praça da Sé, Centro da Capital.
O pacote de investimentos do Governo do Estado ao Corpo de Bombeiros incluiu dez viaturas autobombas, usadas em ocorrências de incêndio e salvamentos; cinco martelos rompedores e respectivos compressores, para ocorrências de desabamentos; duas motos-aquáticas, para prevenção de afogamentos na Represa Guarapiranga; oito barcos para prevenção de afogamentos em outras represas; kits com roupas de neoprene, flutuadores, nadadeiras, cordas, fita zebrada (para isolar áreas) e coletes salva-vidas; 31 botes infláveis; 17 quadriciclos para prevenção de afogamentos no litoral paulista; duas viaturas operacionais; 68 desencarceradores, para retirada de vítimas presas em ferragens; 160 conjuntos de Equipamentos de Proteção Respiratória, para utilização dos bombeiros em ocorrências de incêndio; e cinco lanchas, também para prevenir afogamentos em praias, lagos e represas em todo o Estado.
A Prefeitura de São Paulo também investiu na corporação, e entregou dez viaturas com Unidades de Resgate – que completou 20 anos de serviço no começo deste ano -, equipadas com aparelhos de oxigenoterapia e maca. Elas devem entrar em operação em 20 dias.
As Unidades de Resgate (UR) são utilizadas para transporte básico de vítimas. Elas possuem aparelhos de oxigenoterapia, aspirador de secreções, três rádios-comunicadores (um fixo e dois móveis), materiais para imobilização de membros e atendimento pré-hospitalar básico, equipamento de liberação de vias aéreas, desfibrilador, cordas, desencarceradores e flutuadores.
As URs dos bombeiros atendem vítimas de traumas em vias públicas, fazem os primeiros socorros e encaminham a hospitais da região. Os policiais militares que trabalham nas unidades são dotados de conhecimentos médicos e de salvamento, o que auxilia no socorro de vítimas de acidentes de carro, afogamentos, queimaduras, entre outros. Diferentemente das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atendem pessoas com problemas de saúde.
Durante a cerimônia de comemoração, também foi entregue a Medalha do Centenário do Corpo de Bombeiros para personalidades civis e militares que tenham prestado relevantes serviços à instituição.
Em 2009, o Corpo de Bombeiros atendeu cerca de 600 mil ocorrências. Houve uma diminuição nas ocorrências de incêndio, devido ao trabalho de conscientização e prevenção realizado pela corporação.
Atualmente, o Corpo de Bombeiros conta com um efetivo de 9.500 pessoas, das quais 240 são mulheres. São 2.150 viaturas à disposição, sendo 222 autobombas, 347 unidades de resgate, 117 motos e 119 tanques. O aumento no número de atendimentos em razão das fortes chuvas que atingiram o Estado no final de 2009 e começo de 2010 demonstrou a importância do trabalho da corporação em situações de emergência. Agora, o investimento em equipamentos irá otimizar os serviços dos bombeiros ao longo do ano.
130 anos de história
Desde o surgimento do Corpo de Bombeiros, em 1880, a corporação passou por diversas mudanças. Inicialmente chamada de “Seção de Bombeiros”, atuava com apenas 20 homens. Porém, em 1888, o número já não era suficiente para atender a demanda. O governo provincial, então, elevou para 30 o número homens.
Na época, os avisos de incêndio eram dados pelos sinos das igrejas ou por pessoas que corriam até a porta do quartel para avisar sobre as ocorrências. Só em 1955 é que foi inaugurada a rede de rádio, que facilitou a comunicação entre a viatura e o quartel.
Um ano depois, o telefone já não atendia às necessidades da população. Havia poucos aparelhos e o número não era fácil de decorar. Somente em 1979 foi adotado o número de emergência 193.
A primeira Companhia Escola surgiu em 1964, com o Curso de Bombeiros para Oficiais. Em 1967, a Estação Central, na Praça Clóvis Bevilácqua, foi demolida para a construção de uma nova, entregue em 1975.
A importação de autobombas, autoescadas, autoplataformas, veículos de comando e de apoio, o aperfeiçoamento das exigências legais para prevenção de incêndios e o uso do rádio em todas as viaturas aconteceu depois dos dois maiores incêndios de São Paulo: dos edifícios Andraus (1972) e Joelma (1974).
Para melhorar o atendimento pré-hospitalar, em 1990, foi implantado o sistema de Resgate na Grande São Paulo e em outros 14 municípios, com apoio de efetivos e veículos especializados e helicópteros.
Atualmente, existem 21 Grupamentos de Bombeiros no Estado, sendo quatro na Capital, três na Grande São Paulo, treze no interior e um no litoral, exclusivo para Salvamento Marítimo. Além dos grupamentos, nos últimos três anos, 11 novos postos do Corpo de Bombeiros foram criados em diferentes cidades do interior e litoral.
Da Secretaria da Segurança Pública
