Consumidor: Procon-SP constata variação de 1,15% no valor da cesta básica

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sex, 17/11/2000 - 11h06 | Do Portal do Governo

Na segunda semana de novembro de 2000, o valor da cesta básica teve alta de 1,15%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 9/11/2000 era R$ 137,91, passou para R$ 139,49 em 16/11/2000. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação 1,16%, Limpeza 1,46% e Higiene Pessoal 0,72%, ficando a variação acumulada, no mês de novembro, em -0,73% (base 31/10/2000). No ano, a cesta variou 0,35% (base 30/12/1999), e nos últimos 12 meses, 4,86% (base 16/11/1999).

No período de 10/11 a 16/11/2000, os produtos que mais subiram foram:
– Salsicha avulsa: 9,13%
– Detergente: 5,13%
– Ovos brancos: 4,26%
– Batata: 4,24%
– Feijão carioquinha: 2,97%

As maiores quedas foram:
– Absorvente: 4,40%
– Extrato de tomate: 2,15%
– Café papel laminado: 1,29%
– Leite em pó integral: 0,74%
– Queijo muzzarela fatiado: 0,74%

Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram:

São Paulo – Barateiro – Rua das Palmeiras, 187, Santa Cecília

Centro – Barateiro – Rua das Palmeiras, 187, Santa Cecília

Norte – Barateiro – Av. Cons. Moreira Barros, 2075, Santana

Leste – Estrela Azul – Praça Porto Ferreira, 48 A, Vila Guilhermina

Sul – Barateiro – Rua Domingos de Moraes, 316, Vila Mariana

Oeste – Castanha – Praça Santa Edwiges, 29, Vila dos Remédios

Após três semanas de queda consecutiva, a cesta registra alta na variação semanal. O fato se dá em decorrência do número de produtos que apresentaram elevações de preços e não em função de altas significativas de algum produto em especial. Dos 31 produtos pesquisados, 17 apresentaram alta, sete diminuíram de preço e sete permaneceram estáveis. Os produtos de maior peso positivo no período foram, nesta ordem: carne de primeira: 2,33%, carne de segunda: 1,65%, batata: 4,24%, ovos brancos: 4,26% e sabão em pó: 1,90%. Os produtos de maior peso negativo foram, nesta ordem: café papel laminado: -1,29%, leite em pó integral: -0,74%, absorvente: -4,40%, extrato de tomate: -2,15% e açúcar: -0,51%.

Tradicionalmente, os preços do café sobem nos meses de novembro e dezembro, por conta do clima frio que atinge os países compradores, situados no hemisfério norte, embora previsões para as cotações do grão neste final de ano sejam arriscadas, pois os preços do café vêm contrariando várias perspectivas de variações de preços, não só as decorrentes do Plano de Retenção, que tem por finalidade a elevação das cotações do café no mercado internacional, como as previsões traçadas em função de adversidades climáticas. Contribuem para este panorama, os altos estoques nas mãos dos principais países consumidores. É cedo para uma definição da safra 2001/2002, porém, de acordo com previsões já divulgadas, será mais uma safra em que a oferta supera a demanda. Ao preço de R$ 2,30 o pacote de 500 gramas, o café papel laminado acumula variação no ano de -18,73% (base 30/12/1999) e nos últimos 12 meses, de -2,13% (base 12/11/1999).

As altas nas cotações da arroba do boi, verificadas em outubro, mês em que os preços chegaram à cifra de R$ 42,75, na segunda quinzena, perderam seu ritmo de modo gradual, pois desde o dia 11/11/2000 os frigoríficos vêm pagando R$ 41,63 pelo preço da arroba. O aumento na oferta de animais confinados, decorrente da dificuldade na alimentação dos mesmos, bem como da preocupação dos pecuaristas em garantir bons preços de venda, foi determinante para este resultado. Este nível de oferta certamente sofrerá retração, pois cerca de 80% do gado confinado já foi abatido, e a oferta do gado de pastagem já atinge níveis consideráveis de escassez, neste final de entressafra. Como os frigoríficos devem continuar segurando os preços, não são esperadas grandes alterações antes da virada do mês.

A redução no abate de frangos, por conta do feriado do dia 15, deve garantir sustentação aos preços elevados do frango resfriado, nos próximos dias. No atacado, os preços se aproximam de R$ 1,55 o quilo, e no varejo atingiram em 16/11/2000 o preço recorde do Plano Real: R$ 1,76, o mesmo verificado em dezembro de 1999. Nos últimos 12 meses, o frango resfriado acumula alta de 14,29%, e desde o início do Plano Real, de 50,43%.

O mercado de feijão permanece extremamente calmo, com consumo reduzido, estoques elevados e preços baixos, apesar das recentes quebras de safras. A indústria, com o objetivo de estimular as vendas, chega a conceder descontos de até 25% nas compras à vista do feijão carioquinha. Esse quadro levará a uma produção menor no ano agrícola 2000/2001. No Paraná, principal estado produtor do grão, a área plantada na safra das águas é a menor dos últimos 20 anos. O feijão carioquinha, que em 16/11/2000, foi vendido a R$ 1,04, acumula no mês, variação de -5,45% e nos últimos 12 meses, de -11,11% (base 16/11/2000).